Após uma greve de funcionários da Refinaria de Paulínia, a falta de gás em algumas distribuidoras da cidade deverá ser normalizada na próxima semana. Na quarta-feira, uma assembleia decidiu a volta dos petroleiros ao trabalho. As empresas de distribuição de gás de cozinha relatam problemas no recebimento do produto.
Segundo João Toledo, da Nova Gás, a situação está complicada há mais de 10 dias. “Pedimos, por exemplo, 300 botijões e eles trazem só 50. A Petrobrás não está mandando muito. Está faltando vasilhames também”, acrescentou. A solução é improvisar.
“Está desesperador, mas conseguimos manter o mesmo valor. Para as pessoas que pedem dois ou três botijões, mandamos só um e explicamos a situação”, afirmou a proprietária PP Gás, Ana Paula Brandão. “Aos finais de semana que normalmente trabalhamos, já começamos a não vir e durante a semana que trabalhávamos até as 21h, estamos fechando às 18h”.
O gerente da Ultragás, Gilcimar Aparecido da Silva, confirma que há problemas no abastecimento de gás na cidade, porém isso não chegou a atrapalhar a empresa onde trabalha. “Aqui está normal, mas em outros depósitos estão prejudicados. Nosso gás veio da base de Santos, mas em Paulínia agora está normalizado, pois houve um acordo”, disse, adiantando o resultado da assembleia entre os grevistas.
Este não é o primeiro problema na entrega de gás que prejudicou a cidade. Há 20 dias, Gilcimar afirmou que o problema também ocorreu, desta vez por conta de uma manutenção na Refinaria Henrique Lage da Petrobrás, em São José dos Campos.
A Petrobras afirmou que os estoques em todo o país já se encontram normalizados e que a ocorrência de temperaturas abaixo do nível histórico, em algumas regiões, elevou o nível de consumo de gás muito acima do esperado, ocasionando a redução da quantidade em algumas localidades.
