Em minhas antigas andanças pelos sítios e bairros rurais de Mogi Mirim, conheci muitos italianos e descendentes, principalmente moradores da Ponte Alta, Brumado, São João da Glória, Pederneiras, Vatinga, Tanquinho e outros redutos de tradicionais lavradores.
Famílias Guarnieri, Setin, Boró, Simoso, Mantovani, Tagliaferro, Lovo, Bonatti, Zuliani, Vischi, Ferrari, Rosetto, Polettini, Campardo… Ah, os Campardo! Um de seus membros exerceu sobre mim um grande fascínio pelo fato de ser um personagem folclórico entre os descendentes de italianos.
Angelo Campardo era eterno convidado especial nas festas de agradecimento a Deus pelas boas colheitas do ano. Tinha papel preponderante no ato de “puxar” as ladainhas e o terço, rezados em latim mesclado por termos italianos. Angelo possuía uma característica especial – sua possante voz – tonitruante e espalhando decibéis incontáveis, que fazia lembrar as bíblicas trombetas de Jericó ao conseguir tremer as paredes das casas onde rezava o terço. Angelo Campardo e seus familiares residiam no Bairro Tanquinho, um dos locais onde se aglomerava a italianada de Mogi Mirim.
Em 1999 tive o prazer e a honra de prefaciar o livro “Campo Freddo” (em português Terra Fria), de autoria do mogimiriano Luiz Alexandre Moretto e das campineiras Leila Lemes e Michele Médola de Carvalho, que na época eram alunos da PUC-Campinas, no ramo do jornalismo. Nesse livro de bela feitura e apreciável texto, eles contaram a aventura de Cássia e Mônica, descendentes da família Campardo, em sua busca pela origem de seus patriarcas na velha Itália, procurando de cidade em cidade, de região a região, até encontrar o local onde viveram os Campardo e de onde saíram com destino a Mogi Mirim.
Finalmente, Cássia e Mônica encontraram a povoação de Jesolo, antiga Cavazucherina na região do Vêneto, de belas praias, com seus casarões das antigas “Aziende Agrícola” e seu prato típico “Pasta e Fasiole” (sopa de feijão).
Em Jesolo encontram Giácomo Campardo, que residia em uma chácara, onde fazia diversos cultivos, afirmando: “II gusto di stare lavorando nella mia terra, mi há aiutato a vivere” (O gosto de trabalhar na minha terra me ajudou a continuar a viver). Também encontraram Cesare Campardo, dono de uma fábrica de doces em Jesolo. Cesare foi convidado a vir para Mogi Mirim conhecer seus parentes brasileiros, o que aconteceu tempos depois.
O livro “Campo Freddo” tem dezenas de fotos da família Campardo, fazendo de sua leitura uma descrição detalhada da vida dos italianos do Vêneto e de seus descendentes brasileiros.
Túnel do TEMPO
27 de agosto de 2010 – é oficialmente inaugurado o maravilhoso Ginásio de Esportes do Clube Mogiano, com moderníssimo acabamento e cobertura, recebendo o nome do fundador do clube, Antonio Bonel Guerreiro (Toninho)
Preceitos Bíblicos
“Oh! Quão bom e quão suave é ver os irmãos viver em união! Levantai as vossas mãos no santuário e bendizei ao Senhor! O Senhor que fez o céu e a terra vos abençoe! (Salmo 133)
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional
278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas
260 páginas e 47 fotos
Vendas em Mogi Mirim
– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso
Vendas em Mogi Guaçu
– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril
– Banca do Toninho – Centro