Prestes a completar seis anos de angústia e sofrimento, a família do guarda municipal Marcos Roberto Fernandes de Carvalho, que era conhecido como Rambo, pede respostas às autoridades que cuidam do caso, ocorrido em 17 de abril de 2008. O GM saiu sozinho de casa para assistir a um jogo de futebol em Mogi Mirim e nunca mais retornou.
No dia seguinte do desaparecimento, o carro que era utilizado por Marcos, uma Parati, foi encontrado queimado em um canavial, no Sítio Jacuba, localizado próximo à Rodovia Elzio Mariotoni, próximo ao Aeroclube. Através de investigação, a polícia conseguiu identificar Rambo e um outro homem desconhecido em um posto de gasolina, às 3h da manhã.
“O caso não foi esclarecido porque somos pobres. Sabemos que o caso está na gaveta, e eles falam que não tem investigadores o suficiente. Já fui pra Mogi Guaçu para pedir ajuda de outro delegado, mas quem está responsável por investigar não larga o inquérito para outro assumir”, desabafou a irmã de Marcos, Alessandra Fátima Fernandes de Carvalho.
Quem está à frente das investigações é o delegado João Luiz Rissato, que era responsável pela área onde o carro foi localizado. Ao O POPULAR, Rissato afirmou que as investigações ainda estão em aberto, mas preferiu não revelar detalhes sobre as linhas de investigação.
“É claro que queremos sempre solucionar os casos para confortar as famílias. Estamos na reta final das investigações e revelar qualquer detalhe agora, tendo em vista a delicadeza e a gravidade do caso, seria prejudicial”, comentou o delegado.
“Ele tem mulher e filhos. Já imaginamos o que pode ter acontecido. Achamos que mataram ele, porque da forma que encontraram o carro, alguma coisa grave aconteceu”, disse a irmã da vítima.
Na época, havia a suspeita de que Rambo teria sido amarrado em uma árvore próximo ao local onde o carro foi encontrado, enterrado no canavial ou jogado no rio Mogi Mirim. Buscas foram realizadas pela polícia e pela guarda, que teve o apoio de cães farejadores, mas nada foi localizado.
Ruy Machado de Oliveira, diretor de segurança do município na época do crime, afirmou que o desaparecimento poderia estar ligado à vingança pessoal, já que o guarda denunciava pontos de tráfico de drogas no município.