sexta-feira, setembro 20, 2024
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‘Fantasiosas’, diz Stupp sobre acusação de compra de votos

O prefeito Gustavo Stupp (PDT) considerou ridículas e fantasiosas as acusações de compra de votos e pagamento para boca de urna nas eleições de 2012, feitas por Jarbas Caroni, ex-secretário de Políticas Sociais, Cidadania e Direitos da Mulher, em representação ao Ministério Público na semana passada. A denúncia foi revelada pelo jornal O Impacto, em sua edição de sábado.

“São fantasiosas (as denúncias), mas de quem são, a gente já espera algo assim. Beira o ridículo, mas tem que ser apurado, obviamente, até para nos dar lisura. Ganhar uma eleição batalhada do jeito que foi a nossa, com histórias de luta e vir alguém ludibriar, com recibos fajutos. O que é aquilo?”, questionou. “Eu dei risada da ação, porque é fantasiosa e beira o ridículo. Parece que é uma brincadeira de mau gosto”.

O prefeito crê que as denúncias foram feitas por vingança. “O MP acompanhou as eleições, e se tivesse acontecido algo, meus adversários, que são respeitados, teriam questionado isso na Justiça. Agora, depois de dois anos o cara vem com essa, porque foi denunciado que pegava metade do salário das funcionárias”, acrescentou.

Segundo o jornal O Impacto, pessoas teriam recebido R$ 50 para que votassem no então candidato Gustavo Stupp, além de fazer boca de urna, que consiste em realizar propaganda para determinado candidato no dia das eleições, que é considerado crime, podendo levar o infrator à cadeia, caso seja flagrado.

Tais pessoas precisariam assinar os recibos de pagamentos feitos pela coligação “Com você o futuro acontece”, que possuem a mesma grafia e teriam sido feitos por Claudiane de Jesus Carvalho, que teria sido identificada pelo MP como coordenadora de pessoas, na campanha, segundo a reportagem. Claudiane é servidora comissionada do governo de Stupp e trabalhou na secretaria comandada por Jarbas.

Os documentos teriam sido descobertos por uma assessora do ex-secretário juntamente com cópias de cédulas supostamente utilizadas para os pagamentos em uma sacola em cima de uma mesa no local onde funcionava a secretaria. A Promotoria pede esclarecimentos do prefeito.

 

Promotoria investiga bens de prefeito

O promotor de Justiça, Rogério José Filócomo Júnior, também investiga uma eventual evolução patrimonial em dois anos de Gustavo Stupp. Isto porque, segundo consta na Declaração de Bens apresentada à Justiça Eleitoral, Stupp teria declarado bens no valor de R$ 260 mil, referentes a dois terrenos e uma casa.

Na ação que bloqueou os bens do prefeito, o prefeito investigado ofereceu um bem imóvel no valor de R$ 850 mil. “Como que um mesmo imóvel valoriza 600% em dois anos?”, questionou o promotor. Além disso, dias antes do bloqueio, Stupp alterou o capital da empresa Solution Gestão Empresarial Ltda, da qual é sócio, com valor de participação de R$ 329 mil.

Filócomo explicou que a empresa teria pedido o registro de um imóvel, mas o cartório de registro de imóveis não o fez, pois identificou que o bem, que pertenceria a Stupp, estava bloqueado.

Em entrevista a O POPULAR, Gustavo Stupp disse que é empresário, tem renda e não vive do cargo de prefeito financeiramente. “Não houve transação financeira nenhuma e não houve integralização do patrimônio. Qualquer cidadão pode abrir uma empresa e dizer que o capital social é R$ 1 milhão, mesmo sem ter. Pode dizer ser de R$ 500 mil, sem ter um real. Isso não serve de parâmetro nenhum”.

“Se eu aumentei o capital financeiro da minha empresa é porque eu tenho lastros financeiros pra isso, trabalho desde os meus 15 anos, sou empresário e sempre tive um salário maior como empresário, do que eu tenho como prefeito”, finalizou.

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