sábado, novembro 23, 2024
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Especial: Fatos da lenda – Nelsão pela visão de seu herdeiro

Nelsão e Correa compartilham laços familiares e a paixão pela farda azul da Guarda Civil

Crédito das fotos: Adriano Polettini
Facebook.com/AdrianoPolettiniFotografiaVideo

Um dos nomes mais respeitados na história policial de Mogi Mirim é Nelson de Jesus Correa. Você talvez já tenha ouvido falar sobre ele pela alcunha de “Nelsão Cicatriz”. E até lido sobre algumas de suas histórias. Lendas. Reais! As prisões de figuras como Cabecinha, Caolho e Rei do Algodão estão retratadas em artigos e também no já citado livro “Histórias de uma Corporação”.

Porém, vamos falar de um dos grandes nomes da Guarda Civil Municipal e que, por anos, esteve à disposição da Polícia Civil, por outra ótica. Leandro Rodrigues Correa nasceu em 1977 e seguiu os passos do pai. Quando criança, uma história que o marcou foi de quando seu pai foi baleado. Ele tinha apenas 10 anos. A mãe recebeu a notícia e já começou a chorar. Nelsão estava na UTI.

“Quando ele saiu (da UTI), nunca me esqueço, a imagem de meu pai chorando e falando que a única coisa que lembrava era de ter pedido para Deus mantê-lo vivo porque tinha filhos pequenos para criar”. Este é um roteiro constante na vida de um guarda civil. Mesmo de um ícone, como Nelsão. Leandro seguiu a trilha do pai. Prestou concurso e entrou em 2008.

Ficou um ano com o pai. Hoje, faz parte da Romu, em que foi membro de uma das primeiras equipes. Neste meio tempo, algumas passagens ao lado de seu herói. Em 2014, cedido pela GCM à Delegacia, trabalhou junto com o pai no caso do assassinato do advogado Lorenzo Moraes.

“Em uma reunião para decidir as linhas de investigação, meu pai mencionou que, com certeza, se tratava de um crime passional. Me lembro que um dos policiais presentes deu um sorrisinho, indicando que meu pai estaria equivocado. Porém, no decorrer da investigação, foi provado que a experiência do meu pai estava certa e ele foi muito elogiado pelo delegado titular que disse: ‘O Nelsão é fera, bem que ele tinha falado’. Para mim foi e sempre será uma honra seguir a profissão dele. Se eu conseguir ser 10% do que ele foi já estarei contente”.

A relação de Nelson e Leandro mostra que não só a Guarda se torna a família de quem ali entra, como tantas famílias também entram e crescem neste mundo. Da infância ouvindo sobre as ocorrências do pai, veio o desejo de fazer parte daquilo. Hoje, o sonho é realidade. “Ser um GCM, pra mim, tem uma importância que vai além da farda. Primeiro que é um sonho de criança. Segundo é que através do meu serviço eu posso ajudar as pessoas e levar a sério o nosso lema, que é servir e proteger”. Serviço prestado por quem herdou do pai a chama para seguir um ofício para poucos. Ser guarda civil!

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