Na quarta-feira, teve início em Mogi Mirim a 4ª edição do Festival de Cinema, realizada pela Vidraça Produções em parceria com a produtora Paco Huberts. O evento foi realizado no Centro Educacional Benjamin Quintino da Silva, a Cebe, nos períodos da manhã, tarde e noite. Durante a data, foram realizadas sessões de curtas-metragens e workshops de fotografia noturna (light painting) e fotografias em HDR, e ainda oficina de interpretação de atores para televisão. Cerca de 550 pessoas participaram da primeira etapa do Festival, que tem o encerramento marcado para o dia sete de outubro no Centro Cultural da cidade.
Um dos pontos altos do evento foram os debates realizados ao final de cada filme, uma vez que após a exibição Luiz Dalbo, idealizador do Festival, também realizava uma conversa com os jovens participantes. Um dos debates girou em torno do racismo e aconteceu após exibir o filme Cores e Botas, que trata sobre uma menina que tinha o sonho de ser paquita do programa da Xuxa, porém era negra, uma raça que jamais teve vez no programa. “Um problema que não deveria existir no Brasil que é formado por diversas etnias”, destacou Dalbo.
Debates e participação da Mostra de Piracicaba foram itens novos para o Festival de Cinema deste ano, uma vez que edições passadas seguiram outros formatos. Até 2013, os organizadores realizavam um concurso de filmes, que vinham de todos os lugares do Brasil e até do exterior, exibiam e premiavam as melhores produções. No entanto, como não houve tempo hábil para a realização do Festival neste formato, a primeira etapa do evento foi realizado em parceria com a Mostra Livre de Cinema, de Piracicaba, que passou por diversas cidades do Estado de São Paulo a fim de propagar a arte. Além disso, filmes do acervo do Festival também foram utilizados.
Segundo o produtor da Mostra Livre de Cinema, Roberto Oliveira, dentre as vinte cidades pelas quais a Mostra passou, Mogi Mirim foi a de maior sucesso por causa da organização, estrutura e público que participou o dia todo.
Segunda etapa do Festival
No dia 7 de outubro, a segunda etapa do Festival será realizada no Centro Cultural de Mogi Mirim. Na ocasião, haverá um debate sobre acessibilidade e atividades voltadas para portadores de deficiência visual e público em geral.
Os filmes Seu Arlindo vai à loucura, com áudio descrição, e Escolhido a Dedo, uma produção da Vidraça, que trata sobre deficiência, serão exibidos na ocasião.
Alessandra Krause, assistente social da Rede Lucy Montoro, será a mediadora da roda de conversa que haverá com os participantes.