Dando sequência às histórias do ‘Sapão 70’, vamos relembrar algumas das figuras que marcaram um dos maiores esquadrões formados no Mogi Mirim Esporte Clube. Vale lembrar que a Segunda Divisão de Profissionais de 1970 foi disputada por 19 equipes. A primeira fase terminou com o título do Mogi Mirim EC em seu grupo. Já a competição teve como campeão o Rio Branco de Americana. A organização foi da Federação Paulista de Futebol (FPF).
“Ele é bom, mas não é como o irmão”. Esta frase Henrique Stort ouviu várias vezes quando atuava de lateral esquerdo. Por mais que atuasse bem, sempre alguém o comparava com o irmão Hugo. Um dia Henrique se rebelou. “Quero ser lateral direito”. Treinou na posição e se tornou titular absoluto e considerado o melhor marcador de ponta do campeonato.
Natural de Mogi Mirim, começou a carreira no Flamenguinho, andou pelos juvenis da Ponte Preta e se firmou no Mogi Mirim. Chegou a ser assediado por Flamengo-RJ e FC do Porto. Atuou por clubes como o Guaçuano, mas encerrou a carreira no clube que tanto ama, em 1984.
“O craque que não quis ser”. Assim Hugo Stort foi definido pela mídia local. Tratado como uma das joias do Sapo e, por muitos, elevado ao status de melhor jogador da história do clube, Hugo atuou no meio-campo, mas, se sobressaiu na lateral. O mais querido da massa vermelhinha, recusou oferta do Grêmio-RS às vésperas do campeonato, em 1970.
Estudante de química industrial já na época em que atuava, se manteve na carreira que escolheu até hoje. Porém, enquanto ainda vestia o manto vermelho, chegou a ser elogiado por Godê, histórico técnico do Guarani. “O Mogi Mirim deu Paulo Davoli para o Santos, mas tem aqui um jogador para Copa do Mundo”.
A zaga central contava com o mogimiriano Antônio Guerreiro, o Tonico. Com 21 anos, dividia a zaga com o itapirense Kalli e o tempo de bola com os estudos de educação física, em São Carlos. Considerado como uma figura gigantesca da zaga mogimiriana, Tonico era ótimo na bola aérea. Além disso, era um zagueiro com capacidade para driblar com elegância e de rebater com violência.
Começou no Bandeirante de Birigui e chegou a ser tratado como um dos melhores zagueiros de área do interior.
E Moacir Guaçu? Quem só o conhece pelo apelido se engana sobre a origem. Apesar da alusão à cidade vizinha, Moacir Batista Bueno nasceu em Mogi Mirim. Porém, a relação com Mogi Guaçu se deu devido ao início nas categorias menores do Grêmio Guaçuano.
Dali partiu para o Oeste de Itápolis e retornou para o Sapão 70 emprestado pelo Vasco de Americana. Ficou famoso por dizer, antes de um dérbi com o Grêmio, que queria plantar ‘bananeira’ no Camachão se o Mogi ganhasse. Quando marcou o gol da vitória no clássico, partiu para frente da torcida guaçuana e com as mãos no chão e as pernas para o alto cumpriu a promessa. O time contava com outras lendas do desporto local. Em um time que marcou história.