quinta-feira, setembro 19, 2024
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Filha acusa Santa Casa de negligência com sua mãe

“Meu Deus, estou indignada com a Santa Casa de Mogi Mirim”. A frase dita por Tatiana de Cássia de Oliveira sintetiza o drama que ela está vivendo junto com sua mãe Elvira Nogueira de Oliveira, de 63 anos. Elvira está com um cisto no útero e, devido a outros problemas de saúde, precisa fazer uma cirurgia de urgência para retirar o tumor. Mesmo com laudos atestando a necessidade da cirurgia, Elvira já esteve três vezes na Santa Casa para o procedimento e, nas três oportunidades, foi mandada para casa.

Segundo Tatiana, o cisto no útero de sua mãe está crescendo e comprimindo todos os órgãos. Com muitas dores, precisa tomar morfina e outros medicamentos. Ela contou que, há cerca de um mês, levou Elvira ao posto de Saúde e a médica que a atendeu pediu internação com urgência para a mãe fazer a cirurgia. “Chegamos ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Ela passou por vários médicos e todos concordaram com a cirurgia por causa da situação dela”, disse. Mais uma vez, foi encaminhada para internação.

No dia 7 de julho, Tatiane internou a mãe na Santa Casa para a cirurgia. “Fomos muito maltratadas pelos médicos plantonistas. E ainda por cima deram alta para ela. Voltamos no dia 22 e, mais uma vez, deram alta para minha mãe. Só depois que eu disse que iria fazer um boletim de ocorrência do mau atendimento, é que internaram ela. Porém, no sábado, dia 23, deram alta novamente, dizendo que não colocariam a mão nela, e que era para eu procurar o postinho novamente”, contou.

Tatiana relatou que esteve no CEM (Centro de Especialidades Médicas) e no UPA, pegou todos os relatórios atestando a necessidade da cirurgia e levou na Secretaria de Saúde. “Fui mal atendida, disseram que me ligariam, mas nada. Ela não pode esperar. Voltei com minha mãe no UPA e nada de internação. Ela só vomita, não dorme, não se alimenta. Está super fraca. Minha mãe precisa ficar internada para tomar medicação e eles querem que eu a leve para casa”, apontou.

Ela voltou a levar sua mãe nesta quinta-feira, 4, na Santa Casa e, pela terceira vez, Elvira recebeu alta. “A Santa Casa diz que não tem suporte para fazer cirurgia, mas não quer transferir para outro hospital. Eu que tenho que correr atrás, mas não vou tirar ela daqui, que a Santa Casa arrume um leito até achar vaga num hospital, o tumor do útero só cresce e estão jogando nas minhas costas, já pedi ajuda para vereador e para prefeito, e nenhuma solução”, lamentou. “Vão esperar minha mãe morrer para fazerem alguma coisa?”, reforçou.

No final da tarde, Tatiana recebeu a informação de que uma junta médica se reunirá para avaliar as condições de proceder a cirurgia em sua mãe. Caso os médicos opinem de maneira desfavorável, irão transferir Elvira para outro hospital. A mãe estava na sala de emergência.

Interventora da Santa Casa, a Prefeitura foi procurada por O POPULAR para se manifestar a respeito do caso de Elvira Oliveira, mas não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta edição.

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