Durante 40 dias o trabalho foi árduo, gravações e mais gravações que, em determinadas datas, duraram até a madrugada. Essa foi a rotina de trabalho dos integrantes do filme de suspense produzido em Mogi Mirim e pela maioria dos integrantes da cidade chamado O preço do prêmio. Agora, o filme, gravado em cenários que são comuns para os mogimirianos e guaçuanos, está na fase final de produção e deve ficar pronto até o meio do ano.
“Agora tem a montagem e depois a edição. São 70 cenas para montar. Por exemplo, a cena seis teve 37 takes válidos, preciso escolher e juntar as partes para fazer a cena. Temos que tratar o áudio, mexer na cor, equalizar as cenas e depois é que fazemos a exportação do filme para um formato, geralmente vai para um dvd que fica mais fácil de circular”, explicou Marcelo Perri, da produtora Paco Huberts. Perri mora em Mogi Mirim e cuidou de todos os detalhes do trabalho, desde a criação do roteiro. É ele quem está editando o filme, que foi criado por sua conta e risco e vontade fazer arte.
Além dele, mais 24 pessoas fizeram parte do grupo que trabalhou no filme, contando também os atores. Apenas a empresa responsável pelo áudio é que irá receber pelo trabalho, os demais foram voluntários. As filmagens aconteceram 90% na residência de Perri, que foi adequada com cenários, em uma rua do bairro Parque do Estado, no Cemitério de Mogi Mirim, em uma clínica em Campinas e também no Colégio São Francisco e em uma residência localizada na Vila Suécia, em Mogi Guaçu.
Segundo Perri, o mais desafiador foi fazer um filme sem uma equipe formada. Como ele cuidou dos detalhes e andamento da obra ele conta que o filme não tem uma planilha sequer. Ou seja, não há um registro em papel que mostre, por exemplo, quais são as cenas válidas no material bruto. As marcações foram feitas com a voz, assim é preciso assistir todo o material (que tem horas e horas de gravação) para escolher as imagens que farão parte do filme finalizado.
Apesar da falta de uma equipe que o ajudaria na produção, Perri disse outros pontos o deixaram bem satisfeitos. Um deles foi o engajamento dos participantes, principalmente no início das gravações. Mesmo de maneira voluntária muitos integrantes “deram o sangue” para a obra sair do papel.
Agora, Perri trabalha no processo de edição em suas horas vagas, mas disse que já sente falta da correria das gravações. “Fazer um filme é muito bacana, mas quando acaba fica sempre um vazio. Mas eu ainda não estou nessa fase porque estou tendo contato com as gravações”, destacou.
Antes do filme ser finalizado, Perri disse que pretende ouvir os integrantes do filme e também outras pessoas para que opinem sobre o material.
Quanto ao nome do filme, ainda pode ser que mude. O ideal seria O preço do prêmio, segundo Perri, mas ele acha que O preço do jogo é mais sonoro. Vamos ver!
O filme
O filme da Paco Huberts é inspirado em um livro real repleto de pistas e mescla diversas mídias. A produção do livro oferece um milhão e meio de dólares para quem decifrar o mistério.
Logo, a obra de Perri trabalha nesse contexto, pois os atores interpretam integrantes de um grupo que tenta desvendar os mistérios do livro real e faturar o prêmio. Mas, os problemas são os caminhos que a tentativa os levarão (cheios de suspense)!
