Famoso clube amador juvenil da década de 60, que revelou jogadores para o Mogi Mirim e outros clubes, o Flamenguinho será relembrado no dia 21, uma sexta-feira, às 19h, em coquetel no Bristol Zaniboni Hotel.
O principal objetivo é homenagear o ex-presidente do clube, o falecido Mário de Souza, que sucedeu Ariovaldo Franco. “O Mário nunca foi homenageado, foi esquecido pelos próprios atletas”, lembra o ex-ponta-direita Jonas, organizador do evento.
Por outro lado, o evento também servirá para reunir ex-companheiros. Foram convidados 60 ex-jogadores. Atletas falecidos serão lembrados. Um painel será exibido com fotografias do Flamenguinho e de ex-jogadores. “A importância é reunir esse pessoal, estamos falando de 50 anos atrás”, destaca o ex-craque do time, Hugo Stort, considerado um dos maiores jogadores da história do Mogi Mirim.
O jogador de maior expressão revelado foi Paulo Davoli, ex-Santos.
O Flamenguinho disputava campeonatos juvenis pela região e foi tricampeão regional em Mogi. Os adversários principais eram Mirante, Tucurense e o Vasquinho, da Santa Cruz. O clube durou aproximadamente cinco anos e contava com três quadros, o principal e dois inferiores.
Em 1963, o Flamenguinho perdeu apenas um jogo, um amistoso para o Corinthians por 4 a 1, no Estádio do Mogi. Rivelino era reserva do Corinthians, que segundo Jonas tinha o melhor time juvenil do Brasil.
Naquele ano, oito jogadores do Flamenguinho representam a cidade nos Jogos Abertos do Interior. Uma das melhores formações do Flamenguinho tinha Décio, Iberê, Boca, Paulo Davoli e Ederaldo; Paulinho e Hugo; Jonas, Rubinho, Rebeca e Nilsinho.
Com vaga limitada a 70 pessoas, o coquetel custa R$ 15 com direito a suco e saldados, com bebida à parte.
Lembranças
Diversos nomes do Flamenguinho jogaram antes no Beleca, fundado por Osvaldo Diogo. Cada jogador contribuía com aproximadamente R$ 1 por jogo e o restante era completado por Mário. Os gastos envolviam lavagem de roupas, viagens de trem ou caminhão para os jogos e a alimentação, com pão com mortadela e guaraná. Mário ainda contribuía com chuteiras e uniforme. “A escalação ele deixava por conta dos atletas. Ele ficava de terno, era quieto”, frisa Jonas.
Um jogo marcante para Hugo foi diante do Mirante, no estádio do Mogi, com vitória do Flamenguinho por 5 a 0. Meia-esquerda na equipe e depois lateral no Mogi, naquele jogo Hugo jogou como centroavante e marcou os cinco gols.
Jonas lembra que o Flamenguinho não disputou uma vez um campeonato e o Vasquinho foi o campeão. Em jogo de entrega das faixas, o Flamenguinho foi convidado e estragou a festa: 10 a 0.
O ex-presidente do Mogi, Wilson Barros, chegou a ser goleiro de uma das formações do Flamenguinho. Ex-jogador e ex-dirigente do Sapo, Henrique Stort foi outro ex-atleta. Entre os falecidos estão Ederaldo, Bertinho Franco, Paraná, Tiãozinho, Zé Gordinho, Maércio Bonatti e Douglinhas.