Alvo de diversas reclamações na Câmara Municipal e por munícipes, nas redes sociais, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona Leste recebe, nas 24 horas que funciona, uma média de 350 a 400 pessoas buscando atendimento. O recorde de atendimentos, desde que passou a funcionar, foi em maio deste ano, quando 11.910 passaram por lá. Embora o número seja considerado alto, a Prefeitura descarta criar um novo local para desafogar a movimentação da UPA.
Segundo a secretária de Saúde, Flávia Rossi, os dados que a secretaria possui garantem que a maior parte da população que utiliza o local é da zona Leste, o que injustificaria a abertura de uma nova unidade na cidade. Além disso, o foco é fazer com que as pessoas procurem pela atenção básica, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e não apenas quando o problema já é mais grave, quando as pessoas procuram a UPA. “Estamos fazendo um monitoramento para levantar o perfil das pessoas que passam por lá e saber quem são e se são casos que poderiam ser tratados na atenção básica”, disse Flávia.
Ela acredita que, com os dados em mãos, em breve, será possível traçar metas para que os altos números de atendimento na UPA sejam reduzidos. Consequentemente, será possível diminuir o tempo de espera da população na unidade.
A equipe técnica da Saúde aproveitou para esclarecer a questão do tempo de espera na unidade, que segue um padrão internacional chamado Protocolo de Manchester, que prioriza os casos de acordo com a sua gravidade. Esse procedimento, que é adotado na Santa Casa desde 2007, também é feito na UPA, por profissional capacitado. No momento da triagem, de acordo com os sintomas apresentados, as pessoas são separadas por grupos de cores diferentes. Cada cor possui um tempo máximo de espera.
Credenciamento
Uma boa notícia para o município chegou nos últimos dias: o credenciamento da UPA junto ao Governo Federal, o que garantirá um aporte mensal de R$ 100 mil para o custeio da unidade. O valor representará um quinto do que é investido com os serviços no mês.
A Prefeitura aguardava por esse credenciamento há mais de um ano e somente agora saiu. O atraso se deve a troca de governo e priorização de outras demandas por parte do Governo Federal.
