A solicitação feita pelo vereador Manoel Eduardo Pereira da Cruz Palomino, o Mané, (PPS) ao deputado estadual Rogério Nogueira (DEM), no que diz respeito à inserção de Mogi Mirim na Região Metropolitana de Campinas (RMC), resultando inclusive na apresentação de um projeto de lei complementar que tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, foi tema de debate na sessão dos vereadores na Câmara Municipal na noite de segunda-feira. Diante da repercussão da iniciativa, que já gera discussão na cidade, o vereador afirmou que teve a melhor das intenções e que seu objetivo foi o de colaborar com o desenvolvimento da cidade.
Ao ter a palavra na tribuna, Mané Palomino explicou que os benefícios para a cidade seriam muitos, como a obtenção do transporte intermunicipal, passe livre para estudantes, além de melhorias para as áreas da Saúde e Educação. A Segurança também ganharia destaque, segundo ele, com o incremento na infraestrutura da Guarda Municipal, por meio de capacitações, treinamentos e fortalecimento da coorporação.
Além de enumerar os possíveis benefícios, Mané revelou que deseja a integração de toda a sociedade no debate do projeto, através da criação de uma comissão especial, formado por vereadores e munícipes.
Companheiros do vereador no plenário também comentaram sobre o projeto. Na opinião da vereadora Maria Helena Scudeler de Barros (PSDB) a integração, hoje em dia, se torna inviável, devido a uma série de situações, como a relação entre Mogi Mirim e Mogi Guaçu, que não poderiam se desunir. Para ela, o deputado poderia ter sido mais cauteloso na elaboração do projeto.
A linha de raciocínio foi seguida por Osvaldo Quaglio (PSDB). O vereador acredita existir pontos prejudiciais ao município, já que segundo disse, tudo que engloba o município passaria a fazer parte da RMC. “Às vezes você perde mais do que ganha”, raciocinou.
O projeto
Como justificativa para pleitear o município no RMC, o deputado levou em consideração aspectos quer passam desde a geografia e atividades de destaque, como a agropecuária, até o que chamou de intercâmbio com Campinas. “Possui dois distritos industriais, o de José Marangoni e o de Luiz Torrani, onde estão instaladas diversas empresas nos setores metalúrgicos, de alimentação, de bebidas, de calçados e papeleiro, entre outros.
A atividade agrícola do município explora a mandioca e a laranja e os setores de serviços e comercial são estruturados a contento. Geograficamente, está localizado muito próximo à Região Metropolitana de Campinas, fazendo divisa com vários municípios que integram essa região administrativa”, justifica.
Para ele, o intercâmbio com Campinas e outros municípios da região é intenso e muitos dos moradores encontram emprego e valem-se dos serviços públicos oferecidos pela cidade, além de se valerem de sua rede de comércio.
