sábado, novembro 23, 2024
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Franca, nosso 3º Distrito – 2° parte – n° 679

Em 1804, o governo português designou o vilarejo como novo distrito do município de Mogi Mirim. Com o passar dos anos o terceiro distrito mogimiriano desenvolveu-se graças a sua localização em região aprazível e principalmente pela situação às margens da Estrada dos Goiases, facilitando o transporte de mercadorias pelos tropeiros e carros de bois, que tinham no sal o produto mais procurado e valioso de suas cargas. Sobre isso, escreveu o historiador francano José Chiachiri.

“Pacientemente, durante dias, semanas e meses, os tropeiros e carreiros, com suas mulas e bruacas, seus comboios de carros de bois atolados na lama ou cobertos de poeira avermelhada, iam buscar em Mogi Mirim o sal e que depois supriam os cargueiros vindos das províncias de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. A viagem de um carro de boi até Mogi Mirim, demandava cerca de três meses de ida e três de volta”.

São informações que denotam a grande importância que Mogi Mirim teve no desenvolvimento de Franca, cedendo os primeiros moradores e suprindo com mercadorias o comércio daquele ex-distrito.
Entretanto, a grande distância entre a sede municipal, Mogi Mirim, e o distrito de Franca, cerca de 300 quilômetros, tornou-se um problema em razão dos francanos necessitarem vir para nossa cidade resolver grande parte de seus negócios, questões de justiça, segurança militar e contatos políticos.

Por esse motivo, os habitantes de Franca enviaram carta ao governador da Província, capitão-general Antônio José da Franca e Horta, solicitando o desmembramento daquele distrito do município de Mogi Mirim. Vejamos a solicitação inicial.

“Senhor, imploram os suplicantes o paternal amor de V. Excia, dignando-se mandar criar uma nova vila na freguesia dos suplicantes, ou a patrociná-los perante o supremo e augusto príncipe regente para esse fim, à qual muito se necessita no dito lugar, por estar muito remoto a seu respectivo município de Mogi Mirim”.

Esse pedido foi reiterado por diversas vezes, até ser atendido em 1821. “O Governo Provisório, atendendo às justas representações dos moradores de Franca, para que a mesmo Freguesia seja criada e ereta em município, contendo mais de 5.000 almas e por achar muito distante da sede que está em Mogi Mirim, cerca de quarenta léguas, determina que se faça erigir sua povoação em Vila (município) e que se denominará Vila Franca Del Rei…”.

Em 21 de outubro de 1821, Mogi Mirim perdeu seu terceiro distrito, hoje denominado Franca, atualmente uma das mais importantes cidades paulistas. Mas Mogi Mirim continua importante na história francana, como berço da civilização e progresso daquele município e maior fonte de pesquisas de seus historiadores.

Fontes: Atas da Câmara Municipal de Mogi Mirim, Arquivo do Estado de S. Paulo e livro “Franca do Imperador”, de José Chiachiri.

Um grupo de Mogimirianos, na Cachoeira de Cima,
ao lado das antigas comportas. Foto de 1939.

Preceitos Bíblicos
“A vida eterna é esta: que os homens conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e aquele que tu enviaste, Jesus Cristo”. (Jo 17, 3)

Túnel do TEMPO
O brasão de armas de Mogi Mirim contém o dístico “Nata sum paulistarum robore”, ou “Nascida da bravura dos paulistas”, rememorando a fundação de Mogi Mirim pelos antigos bandeirantes.

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional
278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas
260 páginas e 47 fotos

Pontos de venda em Mogi Mirim 
– Banca da Praça Rui Barbosa
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Pontos de venda em Mogi Guaçu
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