sexta-feira, novembro 22, 2024
INICIAL☆ Capa EsporteFred e o dia em que matou o Palmeiras, do craque Alex

Fred e o dia em que matou o Palmeiras, do craque Alex

De volta ao Boteco, Fred Bellotti recorda o período de Sapão e o dia em que brilhou contra os aspirantes do Verdão, virando o jogo contra o time de Alex.

Boteco – Como foi sua experiência na base do Mogi Mirim?

Fred – Eu comecei com 15 anos e joguei o Paulista Infantil, a gente ficou em terceiro. Daí na época o Barros extinguiu a base, menos os juniores, e fui jogar no Guarani. No meu primeiro ano de juvenil, fui campeão da Copa Zico, eu era meia, reserva do Elano. Tinha o Edu Dracena também, era uma seleção o time. Acabamos campeões em cima do Vasco. Depois eu acabei saindo do Guarani, no meu último ano de juvenil e voltei pro Mogi, nos juniores, como atacante. Daí, eu joguei um Paulista de Aspirantes e fui vice-artilheiro do time. Eu tenho até um livro da Federação com meu nome, a lista dos 20 artilheiros. Foi entre 1999, 2000.

Boteco – Nessa época tinha o Adílson, meia de Mogi Mirim?

Fred – Tinha o Adílson, o Zé Luís, ex-São Paulo, time era excelente, ficamos em quarto, enfrentando os grandes.

Boteco – E teve alguns jogos que te marcaram, né?

Fred – Teve um contra o Palmeiras, 2 a 1, eu entrei no segundo tempo e fiz os dois gols. No Palmeiras, na época o Alex e o Rogério tinham voltado da seleção e o Felipão falou: “vocês vão jogar nos aspirantes só pra comparecer”. E eles estavam no jogo. Esse campeonato eu fui superbem.

Boteco – Você lembra como foram os gols?

Fred – Um o Adilson deu um p… de um corte no Taddei, uma caneta, foi no fundo e cruzou. Eu entrei e já fiz. O outro o cara me lançou no mano a mano com o zagueiro, eu entrei já chutando no ângulo. E teve um jogo contra o Santos 4 a 2, eu fiz dois gols também. Não fui artilheiro desse campeonato porque fiquei muito machucado. O artilheiro foi o Emerson Sheik, do São Paulo. O Thiago Gentil foi um dos artilheiros. Eu fiz sete gols em 10 jogos. Partida inteira mesmo, umas três. Depois eu fiquei no Mogi mais três anos, um ano inteiro machucado, tive umas cinco lesões seguidas.

Boteco – O pessoal comentava que apostava em você?

Fred – Teve o ano que fui muito bem, que fiz sete gols nos Aspirantes. No outro ano, joguei 10 amistosos e fiz 10 gols, mas antes de começar o campeonato, eu me machuquei. Nos aspirantes, o ataque era o Frontini e o Dênis Marques, eu estava no banco. Em todos os jogos da pré-temporada, eu fiz gols. Teve um jogo que eu fiz quatro contra o Guaçuano, foi 7 a 0, um de cabeça, de tudo quanto era jeito. Apesar de ser alto, eu era bem habilidoso, saia para jogar, armava, tabela, eu era meio Evair matador. Eu tinha o estilo parecidíssimo com Evair. Joguei de titular em poucas partidas e fiz muitos gols. E esse ano que fui bem na pré-temporada, depois que machuquei, fiquei uns sete meses fazendo tratamento, você dá uma baixada…

Boteco – No Mogi, você subiu para o profissional?

Fred – Depois de todas as lesões, no fim do primeiro ano o Juninho Fonseca chamou eu, o Chicão (ex-Corinthians), o Mário e mais um para treinar. Devido ao tempo que fiquei parado, acabei não treinando bem e o Chicão treinou super bem. Chicão a partir dali ficou no profissional e eu voltei aos juniores.

Boteco – Alguma história curiosa com os profissionais?

Fred – Quando fui treinar com o profissional pela primeira vez. O cara lançou uma bola, eu fui de encontro, veio o Paulão (ex-São Paulo). Eu lembro que o joelho dele passou por cima da minha cabeça. Daí eu olhei, falei assim: “vai mais devagar, que eu tô chegando agora”. Ele riu.

Boteco – Fred volta no último capítulo de seu bate-papo para um balanço da carreira e revelar como a mescla de lesões e irresponsabilidade o impediu de chegar longe.

 

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