Continuando a “História do Relógio” e finalizando
Busca infrutífera
“Eram quase oito horas da manhã e lá estávamos, eu e meu filho, procurando, procurando e nada! Com muita dor no coração, desanimei e resolvi dar por perdido meu relógio de estimação. Será que alguém tinha roubado?”, contou Frederico.
Doze anos depois…
Frederico continuou seu causo de pescaria: “Doze anos depois de perder meu relógio, combinei com meu filho, que já era um moço e pai de família, uma pescaria no mesmo lugar do Rio Mogi Guaçu onde desapareceu meu relógio. Relembramos aquele acontecimento enquanto fisgamos diversos peixes. Ficamos embaixo de uma grande árvore, que nos protegia do sol, com sombra acolhedora. O silêncio da manhã só era quebrado pelos cantos dos passarinhos e o cascatear das águas contornando as pedras que surgiam despontando do rio”.
Um ruído estranho
No centro da roda de pessoas que ouviam atentas o Frederico contando esse causo, a expectativa crescia. E ele prosseguiu: “Acostumado a todos os sons de beira de rio, em determinado momento escutei algo completamente diferente! Um barulhinho que descobri estar vindo de cima da árvore e que não consegui identificar. Olhei para cima e vi um clarão entre os galhos. Curioso, pedi a meu filho para subir na árvore e verificar o que era”.
O desfecho do causo
Ante ouvidos atentos dos muitos mogimirianos que acompanhavam a narração do Frederico, aconteceu o incrível e sensacional desfecho: “Meu filho chegou até o galho da árvore de onde vinha o clarão. E, lá de cima, gritou espantado: Pai, é um relógio!!! Ao ouvir essas palavras, meu coração bateu forte. Seria possível que fosse meu estimado relógio que tinha perdido há 12 anos? Com enorme ansiedade, esperei meu filho descer da árvore e, com espanto, vi que era realmente meu relógio! Deduzi que o arbusto em que eu o tinha pendurado, 12 anos depois, havia virado uma grande árvore”.
E Frederico terminou seu causo com uma impressionante constatação: “Vocês podem não acreditar, mas o relógio estava funcionando perfeitamente. E com as horas certinhas!!! O vento acionou o mecanismo!!!”. Saudosas lembranças de Frederico Mansano, o maior contador de causos que Mogi Mirim possuiu.
Preceitos Bíblicos
Diz a escritura: “Eis que ponho em Sião a principal pedra do ângulo, escolhida, preciosa, e o que crer nela não será confundido”. Ela é a honra para vós, que credes. Mas para os incrédulos, a pedra que foi rejeitada, é pedra de tropeço, pedra escândalo. Vós, porém, sois a geração eleita, a gente santa, o povo de aquisição, para publicardes as grandezas daquele que das trevas vos chamou à luz maravilhosa”. (Pedro 2, 6-9).
Túnel do TEMPO
12 de Junho de 1925. O padre Jerônimo Baggio, nascido em Mogi Mirim, foi nomeado reitor do Seminário Diocesano de Campinas. Anteriormente foi sacerdote em Mogi Mirim, Cosmópolis e Araras.