Os funcionários da Fundação Casa de todo o Estado podem paralisar os serviços a partir do dia 10 deste mês, e isso inclui os que trabalham nas duas unidades de Mogi Mirim. O motivo é o pedido de um reajuste salarial justo, considerado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança e Adolescente (Sitraemfa).
De acordo com o presidente do sindicato, Aldo Antônio, os servidores já estão em estado de greve, já que a oferta feita pelo Estado de aumento salarial de 3,97% foi descartada pela categoria. “Isso não paga nem um almoço, como é então que vai cobrir despesas com saúde, como que o trabalhador vai sustentar uma casa”, disse Aldo. O pedido da categoria é de reajuste real de 53,63%, reposição de perdas e isonomia do Plano de Cargos.
Além do reajuste, os servidores pedem cerca de outras 50 melhorias, uma delas, o aumento no quadro de funcionários. “Se houvesse mais gente trabalhando, isso contribuiria para a segurança do próprio servidor, já que as rebeliões ocorrem geralmente quando o menor se vê em vantagem sobre o efetivo de agentes socioeducativos”, explica.
Por meio de nota oficial, a Fundação Casa esclarece que está tentando negociar junto aos servidores, e que o reajuste oferecido pelo Estado leva em consideração as perdas da inflação. O acréscimo de 3,97% também se estende aos benefícios dos servidores, como vale-refeição, vale alimentação e auxílio-creche.
A Fundação afirma que a execução das medidas socioeducativas como atendimento inicial, internação provisória, internação, semiliberdade e internação sanção é de prestação continuada, 24 horas por dia, de forma que os jovens e familiares não podem ser prejudicados pela decisão sindical. (Letícia Guimarães)