O futuro da Rua XV de Novembro, uma das principais do Centro de Mogi Mirim e reduto de cerca de 30 estabelecimentos comerciais, será definido na noite da próxima quarta-feira. Uma assembleia na sede da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm) reunirá a diretoria da entidade, comerciantes e moradores da rua, que por meio de votação devem definir entre dois projetos de revitalização da via, apresentados pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana.
O POPULAR revelou, em sua edição de 18 de abril, que o Executivo já havia dado o sinal verde para a obra de revitalização na via, afirmando possuir em caixa recurso disponibilizado para a obra, além de ter promovido uma enquete pelas ruas do Centro sobre o tema. Realizada nas manhãs de sábado, na Praça Rui Barbosa, no período de funcionamento do comércio, e às quartas-feiras, durante a feira noturna a enquete questionava se o cidadão mogimiriano era favorável ou não à modernização.
A ideia é alargar o lado direito da via, visando melhorar a passagem de pedestres, cadeirantes e idosos, motivo de recorrentes queixas na cidade há anos, eliminar as vagas de estacionamento, deixando apenas pontos para carga e descarga e parada de idosos, medida exigida por meio de lei federal, e permitir a passagem de apenas um veículo. O lado esquerdo da calçada não sofreria alterações.
Outro
Agora, um novo projeto foi apresentado e também será colocado em pauta, que prevê o alargamento das duas calçadas, nenhuma vaga de estacionamento e manutenção do tráfego de veículos. O investimento para a obra, seja no primeiro ou segundo projeto não foi divulgado pela Prefeitura, que em abril afirmou estar em fase de elaboração do orçamento.
Todos os comerciantes da rua foram convocados para a assembleia na quarta-feira, segundo a Acimm.
Entidade vê dia como decisivo
Dentro da Associação Comercial a expectativa pela votação é grande. O fato de a Prefeitura se comprometer a definir o projeto e custear a obra é vista como uma oportunidade única. Mesmo ciente que uma ala da Rua XV é contra qualquer tipo de mudança, Sidney Coser, presidente da entidade, considera a presença na quarta-feira fundamental. “A partir do momento que entenderem que a ideia é boa, vão facilitar”, acredita.
Por outro lado, o mandatário faz um alerta e considera ser uma última oportunidade em melhorar a via. “Eles (comerciantes) têm que entender que carro não compra mercadoria. Se percebermos uma reação contrária, lavamos as mãos definitivamente. Se não fizermos algo para incrementar as lojas e ter pessoas comprando, vamos transformar isso (a atual situação do comércio) em lojas fechadas”, desabafou.
