quinta-feira, setembro 19, 2024
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Garoto de 12 anos morre após ser atacado por abelhas africanas

Na tarde de domingo, o que seria uma simples atividade esportiva realizada em família terminou em morte na Pedreira de Grava, no bairro Morro Vermelho. Pai e filho que praticavam o esporte radical rapel no local foram atacados por um enxame de abelhas africanas. O menino Davi Alves Faustino, de 12 anos, levou mais de mil ferroadas, segundo o pai, e acabou falecendo no hospital após sofrer um choque anafilático. O caso chamou a atenção de emissoras de televisão e jornais da região, que noticiaram o fato na segunda-feira.

De acordo com o pai da vítima, João Antônio Faustino, de 43 anos, há três anos os dois praticam o esporte juntos, mas era a primeira vez que desciam o paredão de pedra do local. “Aquele era o nosso momento de estarmos juntos. Ele também gostava de rapel e se tornou meu companheiro”, lamentou o pai.

picadas de abelha - Everton Zaniboni (1)
João Antonio Faustino, com as marcas do ataque das abelhas, pratica rapel há mais de dez anos. (Foto: Everton Zaniboni)

Faustino é habilitado para praticar a atividade radical e tem mais de dez anos de experiência na área. “Já pratiquei outras modalidades de esporte de aventura, mas me adaptei melhor ao rapel, e eu e o Davi gostávamos de ficar perto da natureza”, relata.

Segundo o pai, eles desciam o paredão com cordas junto com um grupo de amigos quando o ataque aconteceu. Para fugir do enxame, eles subiram rapidamente ao topo, e logo alguns companheiros levaram o menino de carro para a Santa Casa.

Faustino entrou em seu carro para seguir o grupo até o hospital, mas parte do enxame também acabou entrando no veículo, sendo que ele desceu e ficou no local esperando o socorro dos bombeiros. “Preferi não seguir de carro porque poderia causar algum acidente devido ao fato de as abelhas estarem dentro do meu carro”, explicou.

Ele também levou muitas picadas, principalmente no rosto e nos braços, que ficaram inchados por causa das lesões. No hospital, foi examinado, medicado e recebeu alta para estar presente no velório e sepultamento da criança, que ocorreu na tarde de segunda-feira.

Faustino, que tem mais três filhos, conta que pretende continuar praticando o esporte, mas que talvez não retorne mais ao local onde a tragédia aconteceu.

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