Na noite de domingo, um grupo de internos da Fundação Casa de Mogi Mirim, que fica às margens da Rodovia SP-191, que liga Mogi a Conchal, fizeram uma rebelião. De acordo com a Polícia Militar que foi chamada para reforçar o cerco no entorno da unidade, cinco funcionários foram rendidos pelos menores.
Segundo informações, o movimento durou cerca de três horas, período em que os menores queimaram colchões, quebraram carteiras das salas de aulas e portas. Bombeiros de Mogi Guaçu foram acionados para ficar de prontidão em caso de um incêndio de grandes proporções.
Após longa negociação do corregedor da Fundação Casa, Jadir Borba, com os rebelados, eles concordaram em liberar os reféns e permitir a entrada da polícia no local. Nenhum funcionário que foi mantido no interior da unidade ficou ferido.
O motivo para o início da rebelião foi a fuga de sete meninos, por volta de 21h, sendo cinco de Campinas e dois de Conchal. Para conseguir fugir, eles quebraram uma grade do segundo andar do prédio, passaram pelo setor administrativo e conseguiram pular o muro. Eles fugiram por um pomar de laranjas que cerca a unidade.
A fuga foi constatada depois da contagem dos internos, que antes era 59 adolescentes, no prédio com capacidade para 64. Com o fim da rebelião, os meninos que ficaram no local passaram pela enfermaria para constatar se houve algum tipo de ferimento e depois foram levados às celas.
A Fundação Casa abriu sindicância para apurar como a fuga ocorreu, mas especula-se que o motivo para a fuga e a rebelião tenha sido as festas de fim de ano.