As últimas pesquisas de intenção de voto colocam o governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, quase que tecnicamente empatado com Tarcísio de Freitas (Republicanos), que aparece atrás de Fernando Haddad (PT). Esse é um dos fatores que faz o candidato a vice-governador, Geninho Zuliani (União Brasil), a confiar na presença de Rodrigo num eventual segundo turno nas eleições para o Governo de São Paulo.
“O Rodrigo vai chegar para as eleições de 2 de outubro consolidado à frente do Tarcísio e a 5% a 7% do Haddad. E num eventual segundo turno, o apoio do Tarcísio à nossa candidatura será natural, porque ele prefere muito mais o Rodrigo do que o Haddad”, disse Geninho na tarde de quarta-feira, 21, em entrevista coletiva em Mogi Mirim, onde o candidato a vice da chapa com o tucano cumpriu agenda de campanha. Além de Mogi Mirim, Geninho passou por Amparo, Itapira, Artur Nogueira e Jaguariúna antes de fechar o dia em São Paulo.
Acompanhado do deputado estadual e candidato à reeleição Barros Munhoz (PSDB) e de lideranças políticas, como o prefeito Paulo de Oliveira e Silva (PDT), Geninho elencou uma série de fatores que devem levar Rodrigo Garcia para o segundo turno, dentre eles, o baixo índice de rejeição, o aumento da aprovação do seu governo, a seriedade do seu trabalho e a confiança que transmite.
Porém, sabe que o atual governador precisa ser mais conhecido pela população. “O bom é que, a cada 10 pessoas que passam a conhecê-lo, três já afirmam de cara que irão votar nele”, destacou. O que pode fazer a diferença nessa reta final de campanha, segundo ele, é o movimento articulado nos municípios, com a distribuição de material e a forte atuação dos apoiadores e lideranças. “É onde acontece a campanha”, apontou.
Nesse sentido, destacou o trabalho dos quase 600 prefeitos que apoiam a candidatura de Rodrigo, dando o seu testemunho e pedindo voto. “Temos também o trabalho dos vereadores e dos 1.200 candidatos a deputados da nossa coligação no dia a dia junto à população. Esse movimento municipalista fez o Rodrigo saltar nas pesquisas e o resultado vai aparecer ainda mais, porque a campanha por todo interior do Estado é só a nossa que existe”, afirmou.
Ele lembrou da eleição passada, quando o então candidato a governador Márcio França subiu 7% no dia da eleição com o trabalho municipalista, chegando ao segundo turno com João Dória (PSDB). “Faz toda a diferença”, enfatizou.
Geninho reforçou que as pesquisas de intenção e a avaliação interna não só colocam Rodrigo no segundo turno, mas com uma diferença bem interessante de Fernando Haddad. “Hoje, as estatísticas colocam o Haddad em primeiro lugar, mas fizemos uma simulação em que iremos chegar para o segundo turno de 5% a 7% de diferença. A partir do dia 3, vamos iniciar uma campanha do zero, porque o segundo turno é uma nova eleição”, frisou.
Embora a atenção do eleitor esteja toda voltada neste momento para a disputa pela presidência, Geninho acredita que a proximidade do pleito eleitoral fará com que a disputa no Estado passe a ter uma atenção especial da população. “Hoje, a eleição para o governo estadual não está na roda de conversa. Mas o eleitor vai passar a ter esse carinho e dar valor ao que ele quer para o seu Estado”, concluiu.