O presidente do Clube Mogiano, Geraldo Leite, atribuiu as recentes medidas financeiras, que geraram uma reação de um grupo de associados, a uma necessidade para manutenção do padrão do clube, em função do aumento de despesas e falta de reserva financeira devido a obras realizadas.
Leite explica que mensalmente as despesas têm crescido e o valor da mensalidade é fixo por 12 meses, exigindo assim uma precaução para evitar problemas durante o ano.
Leite corrigiu a informação sobre os índices de reajuste que haviam sido apresentados pelo grupo Sócios em Alerta, que promoveu uma reunião com associados no dia 5, mas confirmou os valores. O reajuste da mensalidade dos títulos individuais subiu 11,5%, saltando de R$ 130 para R$ 145 a partir de fevereiro. Já a mensalidade do título familiar subiu 20,5% e não 24%, de R$ 195 para R$ 235. “Os valores foram muito bem planejados, não tem como abrir mão”, explica Leite, contando que tem recebido apoio da maioria dos associados. “Todos querem o excelente padrão de qualidade. Temem que aconteça o que aconteceu com outros clubes”, destacou.

Em relação à cobrança dos quiosques, Leite lembrou que logo no primeiro dia do ano foram efetuadas oito locações, sem filas. O presidente lembra que no primeiro dia de cada mês era aberta reserva, gerando longas filas. “Parecia o INPS, seis da manhã já tinha gente, era deplorável”, comparou.
Leite frisa que R$ 150 não cobre os custos de limpeza.
Já a ideia da cobrança por aula extra é a partir da terceira modalidade e não segunda, o que reduziria a fila de espera. Porém, o assunto será discutido em assembleia geral em março.
Assim como foi reivindicado pelo grupo descontente, os patrocínios para equipes e atletas serão repensados, o mesmo em relação aos sócios-atletas.
Leite explica que o clube não tem hoje uma reserva, pois estão sendo investidos R$ 750 mil em obras para tratamento do esgoto e adequações solicitadas pelo Corpo de Bombeiros. Além disso, o custo com energia elétrica subiu e o clube paga mensalmente pelo tratamento de esgoto de R$ 27 mil a R$ 28 mil, o que antes não acontecia. Somadas, as despesas de esgoto e energia giram em torno de R$ 90 mil.
Caso o grupo consiga na Justiça impedir o aumento, Leite lamenta que obras terão que ser paralisadas e será inviável manter o padrão. “Seria mais cômodo não ter reajuste, mas no meio do ano não teríamos dinheiro para pagar funcionários”, explicou.
Leite ainda lembra ter feito pesquisas em clubes da região, em que o menor valor da mensalidade é R$ 350 sem ter o padrão do Mogiano. Em relação à festa de posse da diretoria, disse já ter sido esclarecido que o pagamento foi feito pela chapa e patrocinadores.
Quanto à isenção da mensalidade dos diretores, salientou ser algo estabelecido em ata desde 1990, mas admite que pode ser revisto em assembleia. O mesmo vale para o desconto de 50% para funcionários associados, outro benefício antigo.