Com 188 casos positivos, 609 notificações e 377 exames aguardando resultado, Mogi Mirim está em estado de alerta contra a dengue. Para isso, uma série de ações de combate ao mosquito transmissor vem sendo feitas pela Prefeitura. Neste sábado um mega mutirão foi realizado no Mogi Mirim II, Parque das Laranjeiras, Aterrado, Vila Santa Elisa, Santa Luzia e Santa Clara, locais que receberam a visita de uma equipe com cerca de 160 profissionais, entre agentes de vetores e profissionais ligados à Secretaria de Saúde. A preocupação com o contágio é tão grande que o secretário da pasta, Gerson Rossi Junior, encara a doença como uma guerra, e pede a colaboração da população.
O pedido é embasado no trabalho de prevenção realizado diariamente pela Prefeitura. Embora muitos munícipes permitam a entrada das equipes em suas residências e acatem as ordens para eliminar os possíveis criadouros de larvas, o cuidado posterior às visitas, muitas vezes acaba sendo deixado de lado, o que colabora para o retorno dos focos da doença. É aí que Gerson pede ajuda, e até critica parte da população.
“Não adianta jogar toda a responsabilidade para o Poder Público, se ele (o cidadão) não contribuir. Falta colaboração, tem que haver um controle permanente, diariamente. Precisamos entrar nessa guerra, porque senão familiares, amigos, pessoas do nosso convívio que vão ficar doentes”, disse Gerson, complementando. “Se não tiver (a colaboração), não vai dar uma minimizada na situação”, alertou.
A expectativa é de que aproximadamente 200 quarteirões e cinco mil residências sejam visitados no mutirão.
Emergência
Com 377 exames aguardando resultado, o número de casos positivos deve aumentar, o que colocará a cidade próxima ou dentro do estado de emergência, considerado quando as confirmações chegam a 300 casos positivos em municípios com população de 100 mil habitantes. Ainda em estado de alerta, junto do trabalho de prevenção, a Prefeitura já coloca em prática uma segunda etapa do trabalho, o focado na assistência.
Para isso, hospitais, como a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital 22 de Outubro trabalham no aumento da estrutura para atender pacientes em suspeita ou já com a dengue. O cenário é ainda mais necessário, já que cidades como Mogi Guaçu registram superlotação em seus hospitais, mesmo situação de Itapira, que além de não comportar a alta demanda, possui pacientes sendo atendidos em Mogi Mirim.