sexta-feira, setembro 20, 2024
INICIAL☆ Capa EsporteGigio: substituído no intervalo, após fazer dois gols em decisão

Gigio: substituído no intervalo, após fazer dois gols em decisão

Lateral colecionador de títulos no futebol amador, Fábio Fontes, o Gigio, recorda quando foi substituído no intervalo da final da Copa Regional Unimed entre Tucurense e Interclubes, logo depois de ter marcado dois gols.

Boteco – Qual foi seu jogo inesquecível?

Gigio – Uma das finais do Regional, eu tava na Tucurense, como o Zito chamava muitos jogadores, entrei de titular e no vestiário, antes de entrar, ele falou: “no intervalo, eu vou tirar o Gigio e colocar o Guru”. E a gente começou perdendo de 1 a 0. E nos 15 minutinhos que faltava para acabar o primeiro tempo, consegui fazer 2 gols, a gente virou 2 a 1 e o Zito me tirou no intervalo (risos).

Boteco – Você falou com ele?

Gigio – Não, sempre gostei do Zito porque o Zito olha para você, o que fala, vai fazer. Ele tinha muita gente, todo mundo tem que jogar um pouco, trazia gente de fora… Então tem que entender. Depois foi 5 a 2 (para a Tucurense).

Boteco – Você pensava que tinha que fazer um gol antes de sair?

Gigio – Não, nunca (risos). Inclusive esse jogo estava sendo irradiado, aí o rapaz me chamou e falou: “como ele tira você com dois gols”. “Não, isso já tava combinado”.

Mesmo com dois gols, Gigio foi substituído no intervalo, mas terminou campeão. (Foto: Diego Ortiz)

Boteco – Como foram os gols?

Gigio – Um o Galinho cruzou e fiz de cabeça. O outro me tocaram, eu, em diagonal, bati cruzado, debaixo do Maurício. Esse jogo foi muito especial, além dos 2 gols, a minha mãe tava na UTI, em Campinas, saí de lá correndo, cheguei um pouquinho antes com a cabeça a mil e deu tudo certo. Marcou muito, minha mãe conseguiu sair daquela UTI, graças a Deus.

Boteco – E o Zito conseguia, apesar de ter no elenco 2 times, fazer o time se dar bem. Além de remunerar, qual era o segredo para ter união? Recebendo resolve ou tem time que, mesmo recebendo, o jogador não quer ficar no banco?

Gigio – Não, já joguei em time que todos tão recebendo, mas tão fazendo 3 panelinhas em um 1 só. E o Zito todo mundo era família. Porque acabava o jogo, você podia pegar sua esposa, filha, ia no esquema dele. Então, sua esposa não ficava brava de você chegar tarde porque estava com ela. Aí você pegava mais amizade com essa turma. Eu entrei em uma final sabendo que ia sair. Ele falou, como não respeitar?

Boteco – Talvez se fosse outra situação, você poderia não gostar?

Gigio – Sim, só que como era o Zito e uma família… Se fosse algum traíra: vai entrar tal pessoa que sempre falou de mim por trás, tira o Gigio, ele tá mal, eu ia ficar bravo. Tem uma do Zito também, a gente foi para Conchal e não sei o que aconteceu, dos 11 titulares na cabeça do Zito, foram 3. E a gente precisava ganhar senão caía fora, 3h15 tinha que sair. Deu 3h30 e eu escutei o Zito falando: “já que os bons não vieram, vamos com os ruins mesmo”. E eu cheguei e joguei no ônibus: “Pessoal, já que os bons não vieram, vamos com os ruins”. E os caras: “K, K, K”. Ganhamos de 3 a 2, classificamos e o time foi campeão. Jogamos eu que era considerado banco, Nilson, Neury. Não foram Luciano Bridi, Sávio, Lélis. Fomos entre aspas com o time B. Na casa dele depois, ele chorava de dar risada. Já que os bons não vieram… Eu brinquei depois, os ruins classificaram os bons para serem campeões. O pessoal gostava tanto dele, se é em outros grupos, se fala isso e alguém escuta, pessoal não joga, se perder, não tá nem aí. Não, a gente ganhou e pra ele. O cara gasta, perde família, tempo, tudo e chega lá vai perder para sair do campeonato porque ele falou isso? Não, vamos jogar.

Boteco – Gigio volta para lembrar históricas e curiosas confusões em jogos da Copa Unimed.

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