sexta-feira, maio 9, 2025
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Gonzaga recorda como virou o massagista do Mogi no pós-Chicão

No primeiro capítulo de suas histórias no Boteco, o advogado Luiz Gonzaga Monteiro de Faria, ex-goleiro de futsal e ex-dirigente da Tucurense, conta como se tornou massagista do Mogi Mirim, após os tempos de Chicão Brasi.

Boteco – Como você se tornou massagista do Mogi Mirim?

Gonzaga – Quando eu me formei enfermeiro em Pinhal, eu fiz três cursos de especialização… De instrumentação cirúrgica, ajudava em cirurgia, eu era encarregado do ambulatório médico da Monroe, nas horas vagas à noite, eu instrumentava pro Dr. Faria e pro Dr. Jorge Lázaro. Em finais de semana, eu trabalhava de massagista porque eu fiz curso no Hospital São Camilo. E fiz o curso de Enfermagem do Trabalho. E eu saí da Marangoni e fui ser enfermeiro do trabalho na Monroe. Eu morava na Rua Manuel Augustinho, quando eu casei, perto do Colégio Imaculada e, em frente à minha casa, morava o Seo Alceu, que tinha oficina de geladeira, pai do Hiru. E o Seo Alceu era diretor de esportes do Mogi Mirim. E ele sabia de todos esses cursos. Na época, você deve lembrar que foi um grande ícone, massagista do Mogi Mirim Esporte Clube, o Chicão Brasi. O Chicão adoeceu e eu fui o substituto do Chicão durante 2 anos.

Boteco – O que você lembra do Chicão Brasi?

Gonzaga – Às vezes, ele entrava em campo com aquela tiarinha de jogador de tênis, era folclórico, mas adorado, adorado, eu substitui ele, Chicão! E me deu algumas aulas dentro do vestiário, tava meio doentinho, não podia entrar porque não podia correr e tal, mas entrava dentro do vestiário: “faz a massagem assim, faz isso”.

Boteco – Dava umas dicas de malandragem também?

Gonzaga – Lógico, macete, malandragem, claro.

Boteco – E ele gostava de polêmica, de entrar no campo…?
Gonzaga – Não tenha dúvida. Nossa. Com a toalhinha no braço, corria meio mala…

Boteco – Você também, Gonzaga?

Gonzaga – Eu mais ou menos. O Chicão quando eu substituí ele, ele já tinha mais de 60 anos, mas o Chicão era fantástico, o time inteiro gostava dele.

Boteco – Era época de quais jogadores?
Gonzaga – Jogava Décio Pica-pau, Henrique Stort, Zé Márcio e Zirda ou Tonicão Guerreiro. Lateral-esquerdo Hugo Stort. Volante Edgard. Tinha o Rebeca, Zello, Fernandinho era um dos mais novos, centroavante tinha o Jonas, dono do jornal de Itapira, jogava o irmão dele, o Jairo, tinha alguns jogadores que vinham de Santo Antônio de Posse, o Careca começou a jogar de lateral, de tanta força que o cara tinha, botaram ele para jogar de centroavante.

Boteco – Alguma história curiosa sua, como massagista?

Gonzaga – Fomos para Serra Negra jogar contra o time de Serra Negra, se não é o Zé Márcio, os caras linchavam eu. Estavam lá jogando, não lembro se foi o Décio Pica-pau que caiu e começou a fingir, estávamos ganhando de 1 a 0. O técnico, eu novinho, mandou eu entrar e fazer cera. Fazer massagem no rapaz que tava caído. E fui. Adorava o rolo…E para sair depois do estádio?

Boteco – Foram para cima de você?

Gonzaga – Tudo para cima de mim, queriam pegar eu, banheiro dos caras, cuspindo, jogando latinha. Pra pegar eu.

Boteco – Mas não conseguiram?

Gonzaga – Não, na hora de sair, tinha que descer um barranco. Encostaram o ônibus, eu era baixinho e o Zé Márcio saiu me protegendo até eu pular dentro do ônibus. Mas se não é o Zé Márcio neste dia, eu tinha apanhado.

Boteco – Gonzaga volta para lembrar a época de goleiro de futsal e um jogo inesquecível, com um episódio “cavernoso”.

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