O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), apresenta um nível de rejeição raramente visto em pesquisas de avaliação de desempenho de gestores públicos, de acordo com levantamento realizado pelo Paraná Pesquisa junto a eleitores paulistas. De acordo com o levantamento, a administração de Doria no estado de São Paulo é desaprovada por 65% da população, equivalentes a dois terços do total, enquanto apenas 30,5% a aprovam. É uma desaprovação bem maior que os paulistas fazem do governo de Jair Bolsonaro (49,4% contra 45,6% de aprovação). É tão crítica que os paulistas fazem da gestão de Doria que apenas 2,7% dos entrevistados a consideram “ótima”, enquanto 13,1% a tacham de “boa”. 42,6% a consideram “péssima” e 11,4% “ruim”.
Extinta comissão da
reforma tributária
Sob o argumento de estouro de prazo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), extinguiu a comissão especial da Casa que analisava a reforma tributária. Segundo ele, os trabalhos da comissão expiraram há um ano e meio e o encerramento evitaria contestações judiciais no futuro. A decisão de Lira ocorre num momento de divergência entre o governo e a comissão mista. A equipe econômica queria uma proposta de reforma tributária fatiada, em que temas específicos fossem votados à medida em que houvesse acordo. A comissão extinta apresentou um relatório que propõe a unificação de cinco tributos no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), texto que desagrada o governo federal por ser considerado muito amplo.
Mudanças no
sistema eleitoral
A Câmara dos Deputados instalou nesta semana uma comissão especial para discutir a reforma eleitoral. A base da reforma é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 125/11), de autoria do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que adia a realização de eleições marcadas para data próxima a um feriado. O Parlamento tem até o início de outubro para aprovar regras que sejam válidas para a eleição de 2022. Os deputados devem propor outras mudanças, como a reserva de vagas para deputadas mulheres. Entre os temas polêmicos em discussão está o chamado “distritão”. Por esse sistema, são eleitos os vereadores e deputados (estaduais e federais) mais votados. Não será considerada a proporcionalidade do total de votos recebidos pelos partidos e coligações.
CPI: Pazuello será
ouvido dia 19
O depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia foi remarcado para o dia 19 de maio. O presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), sugeriu a data e a submeteu à votação simbólica dos membros. Pazuello seria ouvido nesta quarta, 5, na CPI, mas um ofício da Secretaria-Geral do Exército informou que o ex-ministro teve contato com dois servidores do Poder Executivo que foram diagnosticados com Covid-19. Eduardo Pazuello, que comandou o Ministério da Saúde por dez meses durante a pandemia, deve ser questionado, entre outros assuntos, sobre o problema da falta de oxigênio em Manaus, o número de mortos e infectados pela doença e a demora na compra de vacinas.