A greve geral dos funcionários públicos municipais de Mogi Mirim, que entra hoje no 11º dia, não tem previsão para acabar. A paralisação continua e poderá ter adesão de 100% dos servidores da Educação, a partir de segunda-feira, 11.
O sindicato da categoria, o Sinsep e a Prefeitura voltaram a discutir o índice de reajuste em uma audiência virtual na terça-feira, 5, no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região de Campinas (TRT-15). Mas o governo municipal se manteve irredutível, mantendo a proposta de 2%.
Os servidores públicos municipais lutam por 11,09%.
Nessa audiência de mediação, a Prefeitura colocou na mesa uma proposta de acrescentar R$ 50 ao vale-mercado de R$ 300 já aprovado na Câmara Municipal, totalizando R$ 350 de auxílio alimentação. Os servidores não aceitaram.
“A gente está com o coração aberto para negociar, mas venham com uma proposta digna. R$ 50 não paga nem meio botijão de gás”, disse o advogado do Sinsep, Alison Silva.
O sindicato da categoria avisa que fará uma passeata com os grevistas pelo Centro da cidade. Amanhã poderá fazer o mesmo, com o objetivo de conquistar o apoio da população.
A Prefeitura entrou com uma liminar alegando abusividade da greve, que foi julgada improcedente pelo Tribunal. A greve é legal.
Educação
O movimento pode ganhar força na semana que vem. É que o Sinsep conta com a adesão dos 30% de servidores da Educação que continuam trabalhando. Isso porque o TRT-15 chegou ao entendimento de que Educação não é serviço essencial e, portanto, poderá ter 100% dos servidores de braços cruzados por melhores salários.
“A partir de segunda-feira que vem vamos parar os Cempi’s e chamar todos os professores, merendeiras para aderir nossa paralisação. Precisamos estar juntos para mostrar a nossa força”, disse o presidente do Sinsep, David Barone.
Reposição de Aulas
A secretária de Educação, Ana Lúcia Peruchi, publicou, esta semana, uma nota na página do Facebook da Prefeitura informando aos pais de alunos que o período de recesso escolar de meio de ano, de 11 a 25 de julho, será usado para reposição das aulas não dadas no período de greve.
Portanto, no recesso, os estudantes da Rede Municipal vão para a escola.
“Esta decisão reflete a preocupação de se evitar prejuízos no desempenho escolar para o presente ano letivo”, destacou.