A greve geral dos servidores públicos municipais de Mogi Mirim entra nesta sexta-feira (1º) no quarto dia. E prosseguirá, pelo menos, até terça-feira (5). Nessa data, às 13h30, acontece nova rodada de negociação entre o sindicato da categoria (Sinsep) e a Administração Municipal.
Os funcionários da Administração Municipal lutam por um reajuste na folha de pagamento de 11,09%. A Prefeitura oferece 2%. A paralisação foi deflagrada na manhã de terça-feira (29), após os servidores rejeitarem a proposta do prefeito Paulo Silva (PDT), em assembleia geral realizada dia 21.
Nesta quinta-feira (31) à tarde aconteceu mais uma rodada de negociação virtual entre o Sinsep e a Administração. Não houve acordo sobre o índice. Mas houve, sim, pequenos avanços para ambos os lados.
A Prefeitura prometeu não descontar os três dias parados dos grevistas no mês de março, sem prejuízo de outros benefícios, como da cesta básica, por exemplo.
Por outro lado, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região de Campinas (TRT-15) recomendou ao Sinsep manter 30% de funcionários em todos os setores da Administração, inclusive, na Educação, que não é uma atividade essencial, conforme a Lei de Greve.
Essa recomendação será acatada a partir de segunda-feira (4).
Nesta sexta-feira (1º), às 9h, os grevistas voltam a se encontrar na porta do Gabinete do prefeito, na Estação Educação, como tem ocorrido até aqui, para definir a quantidade de trabalhadores em cada escola, em cada unidade de saúde e em outros departamentos municipais.
“Nós entendemos que temos que manter 30% das atividades no geral, não em cada setor. Mesmo assim vamos atender a recomendação e continuar em greve”, disse o advogado do Sinsep, Alison Silva.
O movimento
A mobilização teve início na terça (29) de manhã, na sede do sindicato, no Jardim 31 de Março, e correu as ruas do centro da cidade até o Gabinete do Prefeito. À tarde aconteceu outra passeada, partindo da Praça do Half até o Gabinete.
Nos dois dias seguintes, o movimento aconteceu na porta do prefeito. Ele não apareceu em nenhum momento.
A mobilização tem levado cerca de 500 pessoas para frente do Gabinete do prefeito. Segundo o Sinsep, a greve geral chegou a atrair 850 servidores no primeiro dia.