O grupo Brasil Top Skills (BTS), responsável pela gestão das categorias de base do Mogi Mirim, censurou as faixas em protesto de torcedores contra o presidente do clube, Luiz Henrique de Oliveira.
O protesto começou e terminou em frente ao Vail Chaves, mas por alguns minutos se estendeu para a parte interna do estádio, onde estava ocorrendo o jogo entre Mogi Mirim e Brasilis, pela primeira rodada do Campeonato Paulista Sub-15, na manhã de sábado.
Os torcedores foram impedidos pelos seguranças de entrar com uma bandeira de mastro. Porém, foi permitida a entrada com faixas, com mensagens críticas à gestão de Luiz Henrique. Uma das faixas, com os dizeres “Tri rebaixado”, em alusão à série de rebaixamentos com Oliveira no clube, chegou a ser posicionada na arquibancada, o que revoltou o dirigente da BTS, Willians Mendes.
Ao tomar conhecimento das faixas, Mendes se dirigiu até os torcedores e, em tom verbalmente agressivo, ordenou que tirassem o material do estádio, pois estaria prejudicando a base. Os torcedores explicaram que o protesto era apenas contra Luiz Oliveira e não contra as categorias de base, lembrando ainda que a intenção era apoiar o time sub-15 do Mogi Mirim na partida. As explicações não convenceram Mendes e, depois de uma discussão tensa, os torcedores aceitaram retirar as faixas. Em dado momento, um dos torcedores disse que seria deixada a faixa pelo menos por mais alguns minutos. “Não vai deixar porra nenhuma”, vociferou Mendes. “Só faltava eu deixar entrarem dentro da minha casa e bagunçarem. Aqui, não”, disparou, posteriormente.
Além de dirigente da BTS, Mendes também é integrante do movimento Amigos do Mogi, que apoia Luiz Oliveira.
Movimento
O movimento registrou a presença de aproximadamente 40 pessoas, a maioria da Torcida Organizada Mancha Vermelha. Faixas foram colocadas em frente ao estádio, uma delas com os dizeres “Fora Luiz Henrique”. A bandeira com o mastro foi balançada e cânticos entoados, como “Não é mole, não. Diretoria é o câncer do Sapão”. O movimento chamou a atenção de quem passava pelo local, a pé ou de carro. Ao contrário da expectativa, instrumentos musicais não foram levados. Um carro de som foi levado até o local, mas acabou não sendo explorado pelos torcedores. A ideia de o protesto se estender até a Praça Rui Barbosa chegou a ser cogitada, mas acabou descartada.
