terça-feira, abril 22, 2025
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Grupo de empresário da Coréia do Sul atua no Mogi Mirim Esporte Clube e já faz planos

Embora o presidente do Mogi Mirim, Luiz Oliveira, afirme, via assessoria de comunicação, ainda não ter sido fechado um acordo, um grupo comandado pelo empresário sul-coreano Hyun Choi, cujo nome brasileiro é Mário, de 30 anos, e pelo jogador Diego Medeiros da Silva, de 32, já atua no clube e revela ter assumido a gestão de futebol do Sapo. O grupo tem a participação do treinador Solito Alves, de 52 anos, e no final de semana dos dias 7 e 8, esteve no Estádio Vail Chaves para promover a limpeza da área e reparo do gramado, visando iniciar treinos das categorias de base.

Segundo a assessoria do clube, o contrato de terceirização do futebol profissional com os gestores Márcio Granada e Alessandro Silva, o Botijão, foi encerrado. A atuação da BTS na base já havia sido encerrada anteriormente. Porém, a assessoria diz que houve apenas tratativas com o grupo de Mário, mas que o clube ainda conversa com outros grupos que têm intenção de assumir o futebol, ainda sem acordo.

Segundo Diego e Solito, em entrevista a O POPULAR, um contrato de terceirização do futebol profissional e da base foi assinado em maio com Luiz, com validade de cinco anos. Diego e Choi assinaram como cessionários investidores, enquanto Solito foi testemunha, mas também fechou contrato para ser o treinador do Mogi nas futuras competições da categoria profissional. O POPULAR pediu uma cópia do contrato de terceirização, mas a resposta foi que o documento estaria em São Paulo, mas já teria sido registrado em cartório. O grupo quer evitar polêmicas com Luiz para não prejudicar o trabalho no clube.

Além de Diego e Choi, Solito diz ter investido valores no clube e haveria outros investidores. Segundo Diego, a linha de frente da gestão terá alguns parceiros e o diferencial da visão asiática de Choi.

Pelo acordo, segundo o grupo, em caso de negociações de atletas, uma porcentagem dos direitos econômicos fica para o clube. Os investimentos não são colocados em forma de empréstimos, como ocorreu com Rivaldo, por exemplo. Os cessionários assumem os riscos de prejuízos. “A gente vai trazer recursos para o clube se levantar. O Mogi depois não tem que ressarcir nós de nada, só vamos gastar. Já gastamos e não é pouco”, afirma Diego, sem falar em valores.

Solito, contratado para ser o treinador do Mogi Mirim, sul-coreano Mário Choi e Diego Silva, no Vail Chaves. (Foto: Diego Ortiz)

Embora afirme estar investindo e pretenda honrar os valores assumidos em contrato, o novo grupo não considera correto arcar com dívidas da gestão passada.

Segundo o grupo, a ideia é disputar o Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2019, no que seria necessário quitar débitos com a Federação Paulista de Futebol. Como o contrato é de cinco anos, a intenção seria recolocar o Mogi na elite. “É o direito do Mogi, você não pode deixar um time como uma estrutura dessas na Bezinha, numa A-3, a cara dele é a Primeira Divisão”, colocou Solito.

Uma intenção é iniciar os treinos da base, visando competições da Associação Paulista de Futebol, a Copa Ouro e a Copa Bandeirante. Alguns atletas de base já estariam acertados e aguardam o início dos treinos. A comissão técnica da base está sendo montada. O grupo pretende disputar a Copa São Paulo de Juniores de 2019.

Intercâmbio com Coréia e time feminino projetados

Entre os projetos do grupo para o Mogi Mirim estão a montagem de um time feminino do Sapo e um intercâmbio de jogadores com a Coréia do Sul. A ideia, segundo revelado por Diego Silva e Solito Alves, integrantes do grupo em parceria com o empresário Mário Choi, é montar um time de futebol feminino sub-17 do Mogi Mirim Esporte Clube para disputar o Campeonato Paulista. A ideia seria contar com atletas de Mogi Mirim, Mogi Guaçu e outras cidades como Campinas. Se o projeto sair do papel, seria buscado um alojamento em um imóvel na cidade.

Choi também pretende promover um intercâmbio, em uma espécie de “Projeto Coréia”. “A ideia dele é levar a bandeira Mogi Mirim para a Coréia”, explica Diego.

Diego Silva projeta a montagem de um time feminino do Mogi Mirim Esporte Clube. (Foto: Diego Ortiz)

Neste sentido, jogadores que se destacarem e se encaixarem no perfil asiático podem ser encaminhados para clubes coreanos, pois Choi mantém relações com diversos times. Da mesma forma, alguns coreanos devem vir atuar no Mogi. “Já tem alguns esperando na cidade, tudo pela empresa do Mário”, contou Diego.

Questionado sobre a veracidade de que jogadores teriam que pagar para ter o direito a treinar no clube, Diego explicou que a ideia seria abrir portas para avaliações, com a venda de um kit. Desta forma, os atletas que não forem aprovados, ao menos irão ganhar o uniforme do clube como lembrança. “A gente tem um custo para manter. Por exemplo, o menino vem fazer avaliação. Você tem direito a um chinelo do Mogi, bermuda, camiseta e mochilinha. Ah, infelizmente não passei. Mas ele tem o kit do Mogi Mirim”, apontou.

Por outro lado, Diego diz que o valor é único e, depois de aprovado, o atleta não precisa mais fazer pagamentos. O comentário de que seriam cobrados valores de R$ 10 mil para o atleta treinar é inverídico, segundo Diego. “Isso não existe, pode ficar tranquilo”, afirmou.

Há também a ideia de se fazer escolinhas de futebol e aproveitar talentos do município. Diego diz ainda existir a intenção de desenvolver um projeto social na área atrás das arquibancadas e trazer atrações como circo e parque de diversões.

Torneio na Bolívia é uma das ideias, para novembro

Parceiro do empresário Hyun Choi, o Mário, o jogador Diego Medeiros da Silva conta existir a ideia de colocar o Mogi Mirim na disputa de um torneio profissional na Bolívia, em novembro, de 15 dias. O intuito seria utilizar o certame como preparação para o Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Caso seja mantido no cargo, Solito Alves pode estrear como treinador do Mogi Mirim no torneio. O técnico conta ser convidado todos os anos para disputar a competição na Bolívia.

A manutenção de Solito como técnico ainda não está garantida. Pode haver mudanças e não está descartado Solito atuar em outra função no clube.

Solito Alves fala em utilizar torneio para preparar time para o Paulista da Segunda Divisão. (Foto: Diego Ortiz)

Diego, que atua como centroavante e já defendeu o Guaratinguetá, pode ser aproveitado também como atleta dependendo da situação. Durante a Série D do Campeonato Brasileiro, o atleta chegou a treinar no Mogi, mas não foi inscrito para a competição.

Solito

Joselito Alves, o Solito, foi goleiro do Corinthians entre 1987 e 1988, tendo ficado na reserva de Ronaldo. Por ter o apelido idêntico ao de outros goleiros que passaram pelo clube, muitas vezes é confundido com os Solitos mais famosos. Um dos goleiros foi Cláudio Roberto Solito, que atuou no Corinthians na década de 70 e foi campeão paulista em 1982. Outro Solito foi Carlos Alberto Solito, o Solitinho, irmão de Cláudio Roberto e também goleiro do Corinthians, entre 1980 e 1982. Solitinho faleceu em 2016, vítima de câncer, e foi reserva de Solito em 1982.
Já Solito Alves também foi goleiro do São Caetano. Como técnico, já comandou times como o Operário-MS, Santa Helena-GO, Paraguaçuense-SP, Ubiratan-MS e Noroeste-SP.

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