quinta-feira, setembro 19, 2024
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Grupo gestor do Mogi Mirim programa torneios internacionais no Vail Chaves

O grupo formado pelas empresas AD Sports, de origem sul-coreana, e J Winners, parceiras do empresário sul-coreano Mário Choi e do jogador Diego Silva, responsáveis pela gestão de futebol do Mogi Mirim, projeta a realização de torneios internacionais no Estádio Vail Chaves, com a participação do Sapo e clubes do exterior ainda no primeiro semestre de 2019. A revelação foi feita durante entrevista à reportagem de O POPULAR, na manhã de 26 de março. “Hoje, exatamente hoje, a gente inicia um planejamento diferente, de trazer torneios internacionais para o Mogi Mirim, prospectar a venda de bons atletas para outros locais”, apontou o proprietário da J Winners, Jaime Conceição.

Um dos objetivos de realizar os torneios é proporcionar competições aos atletas do grupo e expor os jogadores a possíveis negociações. Atualmente, o Mogi não disputa competições oficiais, pois depende da assinatura da gestão do presidente Luiz Oliveira que, depois de assinar um contrato de terceirização da gestão do futebol para o grupo por cinco anos, tenta anular o acordo na Justiça, após desentendimento entre as partes. No posicionamento atual, ainda sem sentença, a Justiça está favorável aos investidores para seguir na gestão do futebol, mas para disputa de competições, há dependência da vontade de Luiz.

A ideia é trazer times da Coreia do Sul, Portugal, Alemanha e Angola. “A ideia é fazer um campeonato internacional de grandes proporções, talvez até com transmissão ao vivo por algum sistema de streaming”, contou Jaime.

O projeto é promover a competição nas categorias profissional e sub-20, podendo ainda ocorrer disputas de faixas etárias inferiores. A intenção é realizar a primeira competição em aproximadamente dois meses, com duração de um mês, e outro torneio no final de 2019. “Isso vai acabar estimulando a economia local, o turismo, aquecer o comércio, hotelaria”, observou Jaime.

Jaime Conceição, da J Winners, e Denis Ahn, da AD Sports, projetam negociar atletas com os jogos realizados no torneio. (Foto: Diego Ortiz)

Os jogos terão entrada gratuita. “A ideia é movimentar a cidade durante um mês e mostrar que o Mogi Mirim está vivo, apesar da atrocidade que ele sofreu”, declarou, em referência à gestão de Luiz Oliveira.

“Isso vai acabar estimulando a economia local, o turismo”, ressalta Jaime Conceição, proprietário da empresa J Winners. (Foto: Diego Ortiz)

Embora os jogadores do grupo não estejam registrados no Mogi Mirim pelo fato do registro depender da gestão de Luiz, Jaime aponta que, em caso de negociações, o clube terá direito a uma porcentagem dos direitos econômicos de atletas. “Os atletas que trabalhamos hoje diariamente, nós temos um contrato de gestão e nos contratos, nós preservamos um percentual para o Mogi. Mesmo que esse atleta se torne um jogador do Porto, Barcelona, Real Madrid, e ele não tenha nesse período um vínculo no papel com o Mogi, ele tem o vínculo com nossas empresas, mesmo que tenha vínculo com meu clube, que está registrado em nome da J Winners, o percentual que seria direito do Mogi caso isso tivesse no papel, nós vamos honrar sempre”, explicou, lembrando que a porcentagem depende de cada caso.

Intercâmbio pode levar atletas à Coreia e Tailândia

O grupo formado pelas empresas J Winners e AD Sports também projeta promover um intercâmbio enviando jogadores brasileiros à Coreia do Sul e Tailândia e recebendo atletas destes países para o Mogi Mirim. No ano passado, 15 atletas coreanos chegaram a treinar no clube, mas, diante dos problemas enfrentados, os jogadores retornaram. Porém, um dos atletas voltou para Mogi e outros poderão retornar.

O intercâmbio deve motivar a esperança de jogadores de Mogi Mirim buscarem o clube com a perspectiva de uma carreira no futebol asiático. “Dá até arrepio, todo dia, eles pedem jogador pra gente, pelo fato de ser brasileiro”, colocou o empresário Denis Ahn, da AD Sports, lembrando acreditar que de 80% a 90% dos jogadores estrangeiros no futebol coreano são oriundos do Brasil. A preferência dos coreanos na busca é por atacantes goleadores, conta Denis. “Os coreanos não gostam de futebol arte, negócio de drible, negócio é fazer gol, eles querem atacante, striker”, conta.

“Dá até arrepio, todo dia, eles pedem jogador para a gente”, revela o empresário Denis Ahn, da empresa AD Sports. (Foto: Diego Ortiz)

Denis conta que o perfil de atletas do Brasil para atuar na Coreia é formado por jogadores que disputam os Campeonatos Paulistas da Série A-3 e Segunda Divisão, a popular Bezinha, por fatores como faixa salarial e margem de crescimento por ainda não serem muito conhecidos. Atletas que se destacam na Coreia acabam despertando a atenção no mercado asiático de centros mais fortes economicamente como do futebol chinês. “A Coreia é vitrine para Ásia, China, Tailândia, Taiwan, Índia, Japão. Principalmente a China contrata muito jogador que vai para Coreia”, observou.

Adequações preparam o estádio para receber jogos

O objetivo de realizar torneios ganhou força com a proximidade da obtenção do alvará de funcionamento do Estádio Vail Chaves, após a realização das adequações obrigatórias.

Depois das adequações, o clube protocolou o pedido de alvará à Prefeitura. Após as vistorias, o Mogi Mirim aguardava o documento do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) para entregar à Prefeitura como complementação e, então, aguardar o alvará. No dia 27 de março, o AVCB foi recebido pelo clube.

“O estádio tem um projeto aprovado junto ao Corpo de Bombeiros, tivemos que adequar o estádio a este projeto. Em que consiste? Luminárias de emergência… De 90 extintores, não tinha 10 em condições de uso. Mangueiras nós compramos todas novas”, contou o proprietário da J Winners, Jaime Conceição.

Mangueiras novas foram compradas e extintores do Estádio Vail Chaves foram abastecidos, visando a liberação do estádio. (Foto: Diego Ortiz)

Como último acerto, o Mogi Mirim teve que adequar uma bomba hidráulica, responsável por bombear água aos hidrantes. “Essa bomba havia sido queimada durante um show que aconteceu no estádio. O estádio está em perfeitas condições de uso”, colocou Jaime, que estima em mais de R$ 100 mil os gastos para liberação do Vail Chaves.

O estádio ficará, então, liberado para treinamentos e jogos e o clube irá reativar o alojamento. Treinos estão sendo realizados em espaços públicos cedidos ou locados fora de Mogi Mirim. Por ora, o CT de Mogi Guaçu, pertencente a Rivaldo e em meio a uma briga judicial, não é usado. “Hoje, o estádio tem total estrutura e segurança para receber jogos, eventos e desenvolver trabalhos destinados à população”, salientou Jaime.

Mogi Mirim vai oferecer fisioterapia à população

Como forma de se aproximar da comunidade e realizar um trabalho social, o grupo gestor do futebol do Mogi Mirim irá oferecer um atendimento de fisioterapia gratuito à população no Estádio Vail Chaves. Os atendimentos irão ocorrer uma vez por semana, às segundas ou terças-feiras. Os interessados devem entrar em contato com o clube para realizar os agendamentos. Haverá um número de vagas para atendimento. Após finalizadas as sessões, novas vagas serão abertas. “O Mogi Mirim, mesmo equipamentos tendo sido desviados, ainda tem um departamento de fisioterapia muito bom”, colocou o proprietário da J Winners, Jaime Conceição.

O atendimento será oferecido com hora marcada pelo fisioterapeuta Kauan Marcelo Dias Conceição, filho de Jaime.

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