sábado, novembro 23, 2024
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Grupo SOS vai ao Mogi Mirim e Polícia Militar é acionada por direção do clube

Sabendo da presença do presidente Luiz Oliveira para apresentação do técnico Marcelo Veiga no Mogi Mirim na manhã de terça-feira, o grupo de mogimirianos SOS Mogi foi até o clube entregar uma carta ao dirigente, mas foi impedido de entrar. A Polícia Militar foi acionada, três viaturas estiveram presentes, mas ficaram sem entender o motivo de o Mogi ter solicitado a presença policial, pois não havia ninguém do clube para atendê-los. A assessoria de comunicação do clube revelou à Polícia que a viatura foi pedida pelo presidente, que foi chamado, mas seguiu à coletiva, que começou atrasada, sem atender os policiais. O grupo queria entrar pelo portão de acesso aos vestiários, onde fica a sala de imprensa.
Membro do grupo SOS e antigo associado do Mogi, Ivan Bonatti, era o único dentro das dependências do Estádio Vail Chaves, pois havia entrado mais cedo. Como o portão não podia ser aberto para que ele saísse, pois permitiria o acesso ao grupo, Bonatti acabou ficando dentro. Já membros do grupo Brasil Topp Skills (BTS), que gerencia as categorias de base do clube, não puderam sair com o carro.
O SOS revelou perplexidade com a recepção, contrastante com o discurso de abertura feito por Oliveira. Pelos vãos do portão, membros do grupo concederam entrevista à EPTV e entregaram à imprensa cópias da carta endereçada a Luiz. Uma das cópias foi dada para Bonatti entregar à diretoria do Mogi. Depois, o antigo sócio foi embora por outro acesso. Pouco depois, o grupo deixou o estádio, sem ser recebido e a PM permaneceu até ser atendida por um dos filhos de Luiz, que disse ter acionado a Polícia porque estariam forçando o portão, o que considerou vandalismo.

Três viaturas da Polícia Militar foram acionadas ao clube depois da chegada de membros do SOS. (Foto: Diego Ortiz)
Três viaturas da Polícia Militar foram acionadas ao clube depois da chegada de membros do SOS. (Foto: Diego Ortiz)

Na carta, o grupo volta a pedir uma reunião imediata com Luiz. Após a entrevista coletiva do novo treinador, Luiz cobrou que o grupo faça o recadastro primeiro antes de se reunirem. “A primeira coisa que eu preciso do Grupo SOS é que eles venham fazer o recadastramento e paguem a mensalidade. Depois que eles forem associados, a gente conversa. Não adianta a gente perder tempo de ficar conversando com torcedores e torcebooks”, disparou.
O dirigente revelou a decisão de prorrogar o recadastro, que havia durado de 5 a 20 de dezembro, atendendo a pedido de um outro grupo, Amigos do Mogi. Luiz diz que o grupo está ajudando o clube, mas não revelou quem são os integrantes. A prorrogação vai até 31 de janeiro. Além de recadastrar antigos sócios, Luiz afirmou que o clube está aberto para novos associados, pagando a taxa de R$ 40 mensais, sinalizando não haver a necessidade ainda de se pagar um título para os novos adeptos.
Questionado sobre um dos pontos da carta em que o grupo disse não entender qual a motivação de Luiz de deixar seus afazeres como empresário em Guarulhos para presidir o clube, o dirigente alfinetou o SOS. “É a mesma motivação que eles têm de não fazer nada e virem me encher o saco na porta do clube. É a mesma. Eles não querem pagar R$ 40 de mensalidade, então não tenho nada para dizer deles”, apontou.

Grupo fala em renúncia de Luiz antes de Justiça

Além de ainda insistir com a realização de uma reunião, o grupo SOS Mogi também trabalha abertamente para buscar a destituição do presidente Luiz Oliveira. A estratégia está pautada em dois caminhos. O primeiro é defender a renúncia direta e, caso o presidente não aceite deixar o cargo, a decisão será buscar a saída do dirigente via judicial. Questionado sobre a ideia de renúncia, Luiz disse respeitar as opiniões contrárias e a oposição sadia.
Antes de defender abertamente a renúncia, o grupo tentou agendar reuniões para colaborar na tentativa de resolver a grave crise. No entanto, ainda não conseguiu obter sucesso nas tentativas.
A insatisfação é por considerar que Luiz tem um discurso positivo, mas suas ações serem incoerentes com o defendido em palavras. Uma página no Facebook foi criada com o nome Renuncie Presidente, em que os internautas são convidados a deixar mensagens para Luiz.
Um dos motivos que gerou indignação no grupo foi o fato de uma representação endereçada ao Conselho Deliberativo e Fiscal do clube, no dia 14 de dezembro, ter sido encaminhada ao Departamento Jurídico em vez de ir para o destino desejado. Pelas informações do grupo, a representação não chegou ao presidente do Conselho Deliberativo, Luiz Omar Pinheiro, que reside em Belém. Segundo Luiz garantiu, na terça-feira, a representação foi sim encaminhada aos conselhos. O POPULAR não conseguiu contato com Luiz Omar.

Luiz Henrique de Oliveira diz estudar anistia de cobrança retroativa de associados do Mogi Mirim. (Foto: Diego Ortiz)
Luiz Henrique de Oliveira diz estudar anistia de cobrança retroativa de associados do Mogi Mirim. (Foto: Diego Ortiz)

A representação pediu a suspensão do recadastro de associados e a realização de uma assembleia geral de sócios para decidir os rumos do clube. O grupo alega que o recadastro não foi votado em assembleia. Outro questionamento foi a definição arbitrária do valor de R$ 40 de mensalidade sem aprovação dos sócios. A representação também reclamou da cobrança retroativa do período em que a mensalidade não era cobrada. Sobre a cobrança retroativa, Luiz disse que este assunto é estudado e é possível que haja a anistia referente aos períodos antigos.

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