quarta-feira, abril 23, 2025
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Gruta do Janelão, parte I, Itacarambi-MG

Depois de um lindo luar às margens do Rio São Francisco, fomos descansar, pois o dia seguinte seria de muita agitação. Acordamos cedo e nos dirigimos para o Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu. Parte dele no município de Itacarambi e outra parte em Januária, ambos em Minas Gerais. De todos os parques nacionais que já visitamos este é o mais bem estruturado.
Na entrada do parque há uma ampla área de recepção, com muita luz natural, fotos das cavernas e há pessoas que lhe aguardam para o preenchimento da ficha de acesso e informações básicas de segurança e cidadania, sim, cidadania. O acesso nas cavernas e grutas é feito somente com o acompanhamento de monitores treinados e que cobram por este serviço. Em troca, você tem os equipamentos de segurança, informações sobre as cavernas e, principalmente, não ficará preocupado (a) se irá se perder. Do salão até a primeira gruta foram uns 5 km, percorridos de carro, sempre em estrada de terra, onde chegamos em uma unidade de apoio, com banheiros limpos, água e área para descanso. E, pode acreditar, você vai precisar muito desta área de descanso. Após explicações do trajeto que faríamos, saímos por uma pequena trilha, inicialmente com escadas e corrimãos de plástico que imitavam madeira. Bem seguro. Logo, a trilha iria mudar.
Começamos a subir um morro em direção a nossa primeira gruta, a do Janelão, estávamos a uns 400 metros abaixo de seu ponto de melhor visão, assim a caminhada seria bem longa e demorada. No caminho, os cenários vão alternando-se, começamos com mata nativa de meia altura, depois árvores altas, seguidas de formações rochosas de muito calcário. Subimos bastante, descemos bastante, mas antes de chegar de fato ao Janelão nos deparamos com muitas inscrições rupestres. Um espetáculo. Paramos para filmar, fazer fotos, mas, principalmente, admirar a arte de mais de 10 mil anos atrás. Ver o que os antigos habitantes registraram chega a arrepiar. As perguntas óbvias que você faz e sem resposta: Quem fez? Por quê fez? O que queriam transmitir? Não sabemos, mas é cativante. São desenhos de utensílios, de animais, de pessoas, e de coisas que eles viam. Impressiona.
Seguindo nossa trilha, que agora é apenas de degraus feitos de troncos e bem íngreme, chegamos ao ponto de visão da gruta. É lindo, vou tentar descrever. Você tem sobre sua cabeça um arco de pedra, de uns 80 metros de altura e uns 50 de largura. As cores deste arco variam na escala do cinza ao vermelho. Uma grande claraboia, que originou a gruta, abre-se sobre sua cabeça, ali você entende porque se chama Janelão. É de uma beleza ímpar. Continuaremos.
Veja em nosso canal no Youtube a beleza desta gruta.

Erika Rodrigues e Marcos Leandro

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