O piloto Fabiano Bernardes, o Binho, da equipe Binho Veículos Racing, conquistou o título da Copa Lupinetti de Motovelocidade. A taça veio no sábado, 14, em corrida no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Londrina (PR). Binho terminou o campeonato com 96 pontos e faturou o troféu de campeão na categoria Escola 1000cc.
O guaçuano entrou no grid concorrendo com Thiago Godoy, então líder na classificação. Mesmo com um oponente reconhecido como um dos mais completos do país e possuindo uma das melhores motos de velocidade do Brasil, compartilhada com Diego Faustino, coach de Godoy e um dos principais pilotos da atualidade, Binho se manteve na caça.
Principalmente porque Godoy sofreu uma queda durante a temporada. O que nem Binho esperava era que o seu desempenho na chuva fosse tão bom. “Nem eu e nem ele tínhamos esta experiência na chuva. Eu dei sorte, desde 2018, nunca peguei pista molhada”, contou Binho.
O guaçuano largou atrás e até viu Godoy disparar na frente na primeira volta. Depois, Binho subiu de rendimento e foi tirando segundos a cada volta. Quando estava a sete milésimos do adversário, Godoy sofreu uma queda em uma curva de baixa velocidade. Outros pilotos que estavam mais próximos de Thiago tiraram o pé e Binho fez as ultrapassagens. O piloto seguiu baixando o tempo até a sétima volta, quando veio à mente priorizar o título do campeonato.
“Tirei a mão na sétima volta e deixei todos que não pertenciam à mesma categoria que eu passar. Na última volta, a décima, resolvi fazer a comemoração, passar no grau, com uma roda”, relembrou. Binho ainda ressaltou que gostaria que Godoy não tivesse caído, já que enxergava, após a sua aproximação, uma real chance de brigar diretamente com o oponente pela vitória e pelo título.
“O legal é que achei o meu ponto forte, que é andar na chuva. Eu não conhecia esse lado meu e foi uma corrida muito bonita, muito comemorada, com a plateia indo ao delírio”. O piloto ainda ressaltou a evolução constante que tem registrado desde a estreia, na primeira etapa da temporada 2018. No primeiro treino, fez 1min45seg e hoje tem como recorde 1min26seg, quase 20 segundos a menos.
A regularidade também é celebrada, já que só não conseguiu pódios na primeira e na segunda etapa de 2018. Desde então, tem ido ao pódio em todas as provas, sem quedas em corridas. Não que não haja transtornos. Já caiu em treinos livres, mesmo que sem danos a ele ou à moto.
E há, ainda, um trabalho árduo de manutenção, já que a moto, por melhor que seja, anda no limite e está sempre sujeita a quebras. Com aprendizados obtidos em derrotas ou vitórias, Binho segue em plena evolução. E colocando o nome de Mogi Guaçu e de toda a região no mapa da motovelocidade nacional.