sábado, novembro 23, 2024
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Henrique Stort relembra Tite, pegadinha e cochilos com Vadão

De volta ao Boteco, o ex-gerente de futebol do Mogi Mirim, Henrique Stort, relembra histórias curiosas envolvendo treinadores do Sapo.
Boteco – Muitas histórias curiosas envolvendo treinadores?
Stort – Tem várias, uma me marcou. Sebastião Rocha era uma pessoa com um caráter fantástico e um bom treinador, mas vivíamos discutindo por desavenças quanto a certas atitudes dele. Após uma dessas discussões, eu o demiti no vestiário. Fui para firma preocupado com a repercussão. Entrei na sala do Wilson, muito tenso, porque o despedido poderia ser eu. Ele estava de cabeça baixa, escrevendo. E comuniquei o fato. Ele ergueu a cabeça: “você teve motivo?”. “Tive”. Ele abaixou a cabeça e continuou escrevendo.
Boteco – É verdade que o Rocha escutava o hino do Flamengo?
Stort– Ele era brincalhão, mas uma das coisas era por o hino do Flamengo toda vez que chegava no vestiário, a gente parava o carro quase em frente, mas essa foi uma desavença pequena dentro das desavenças que nós estávamos tendo.
Boteco – Como foi o Tite quase técnico do Mogi?
Stort – O Tite era treinador do Caxias, o Wilson me pediu que eu o contratasse e estipulou o salário. Tite queria um salário maior e fui dizer ao Wilson. A resposta: “você é o gerente, o problema é seu, resolva”. Acabei resolvendo, acertei com o Tite, que disse que viria caso não acertasse com o Grêmio. Ele foi campeão pelo Caxias e o Grêmio o contratou. Nossa amizade se fortaleceu quando ele me pediu um volante, um segundo volante e meia. Indiquei o Márcio Rã e eles foram campeões juntos. O Márcio acabou fazendo o gol no Olímpico contra o Grêmio e o Caxias foi campeão. Em seguida o Tite foi para o Grêmio.
Boteco – Outras histórias com outros treinadores?
Stort – Nós fomos fazer uma pré-temporada em Poços de Caldas, Juninho Fonseca era o treinador. Ex-jogador, caráter excepcional, em quem eu via uma capacidade enorme de trabalho de banco e vestiário. Tínhamos 32 jogadores e o Juninho queria fazer a pré-temporada com 27. Conversando ele e o Wilson, cada um defendia sua posição. Chegou a um ponto que o Wilson disse: “ou faz com 32 ou a porta está aberta e você pode ir”. Fizemos com 32 e ele ficou.
Boteco – Muitas histórias com Vadão?
Stort– O Vadão era muito brincalhão. Essa história é muito interessante em termos de brincadeira, porque nós passamos uma semana tensa, no impasse porque o Wilson queria que o Vadão colocasse um jogador indicado por ele no banco (pelo menos). O Vadão tinha muito diálogo com o Wilson e os dois se respeitavam muito, mas o Vadão escalava pensando nas características. Eu estava no fundo do vestiário, o Márcio Zeferino que era o treinador de goleiros, falou que o Vadão ia tirar um goleiro do banco para colocar o jogador indicado. Como havíamos passado uma semana tensa, eu acreditei e falei para o Márcio que o Vadão estava enlouquecendo. Eu fui falar com ele, quando eu cheguei perto, ele começou a rir e aí eu vi que se tratava de uma brincadeira. Fiquei uma semana sem conversar com o Vadão.
Boteco – Mais histórias com o Vadão?
Stort– O Wilson não nos dava folga, na maioria das folgas, íamos assistir jogos. Em um domingo, eu, o Wilson e o Vadão, assistimos um jogo de manhã e depois fomos fazer um churrasco no rancho dele com as famílias. Falei para o Vadão que já podíamos tomar um pouco de cerveja. Eu tomei com gosto. Às 15h, o Wilson falou: vamos para Andradas ver o Rio Branco. Vadão e eu quase dormimos na arquibancada, um acordava o outro.
Boteco – Stort volta para recordar aventuras em viagens e falar sobre cerveja em concentração e churrascos do time.

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