sábado, novembro 23, 2024
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Hipertensão (pressão alta) nas palavras de Luís Bueno

Tempos atrás, publiquei, no meu perfil do Instagram, texto sobre hipertensão. Recentemente fui questionado se exercício é interessante para o hipertenso, pessoa diagnosticada com pressão arterial acima ou igual a 14/9, e resolvi fazer uso daquele texto para responder a questão.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), cerca de 25% da população adulta no país tem essa doença. Se analisarmos apenas as pessoas acima de 60 anos, mais de 50% são hipertensos. Esses dados são preocupantes e, por isso, é essencial aferir a pressão pelo menos uma vez ao ano. A prática de atividade física ajuda (e muito) a combater e prevenir essa patologia.
Muitos dos diagnosticados com hipertensão acham que não devem se exercitar, algo que foi corroborado por muito tempo pelos profissionais da saúde, mas que já caiu por terra, devido aos benefícios que a literatura científica comprovou que a atividade física traz para as pessoas que sofrem deste mal.
O receio de que o exercício elevará a pressão arterial costuma ser o principal argumento de quem é contra a atividade física, mas o fato é que isso ocorre de forma tênue apenas durante o treino, sem gerar prejuízos ao praticante. O que não pode é o hipertenso iniciar o treino com a pressão elevada. Mas para solucionar tal questão, basta aferir e dosar a atividade de acordo com o que foi avaliado.
A literatura científica mostra em diversos artigos a segurança e eficácia do treino para os hipertensos. Cito alguns estudos que mostram isso, como as duas meta-análises de Cornelissen, 2011 e 2013; Fagard, 2006; Forjaz, 2010; Ghadieh, 2015. Todos eles indicam que a prática de exercícios (inclusive, os resistidos, como a musculação) produz ótimos efeitos na queda da pressão arterial (tanto a sistólica, quanto diastólica), e também na melhora do perfil lipídico, glicêmico e demais que podem estar ligados à síndrome metabólica.
Vale destacar que os hipertensos que fazem uso de medicamento devem estar atentos à dosagem, pois a prática de atividade física pode gerar diminuição da quantidade de remédio, o que, mais uma vez, comprova o quão importante é se movimentar.

Luís Otavio Bueno de Toledo

E-mail: [email protected]
Personal trainer graduado pela USP (bacharel em Esporte graduado em 2012 – trabalhou na área fitness do Clube Paineiras do Morumby em São Paulo e no Clube Mogiano, em Mogi Mirim)

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