sábado, abril 19, 2025
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Historiador lança nova obra, chamada A Escravidão e o Abolicionismo Regional”

Na próxima sexta-feira, dia 23, o escritor e historiador da cidade Nelson Patelli Filho, que mantém a coluna Memorial, em O POPULAR, irá lançar sua segunda obra, chamada A Escravidão e o Abolicionismo Regional em Mogi Mirim, Itapira e Mogi Guaçu. Há cerca de dez anos, o escritor trabalha na produção deste livro, que foi feito quando ele também atuava em sua primeira obra, chamada Mogi Mirim Nascida da Bravura dos Paulistas. O evento de lançamento de seu novo livro será na Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm), com início às 20h, quando o autor irá apresentar o trabalho, fazer uma sessão de autógrafos e haverá um coquetel. O lançamento estará aberto a toda a população, com entrada gratuita. Cada livro será comercializado por R$ 45.
Além da apresentação da obra, haverá a inauguração de uma exposição de imagens de dez autores que trabalham a temática, um deles é Jean-Baptiste Debret, que pintou cenas da sociedade integrada pelos negros na época da escravidão.
Tanto o lançamento quanto a exposição, de acordo com Nelson Patelli Filho, visam recordar os 130 anos da Abolição dos Escravos, ocorrida em 1888. O historiador frisou que Mogi Mirim foi uma cidade que aboliu a escravidão cerca de três meses antes do fato estourar nacionalmente. Inclusive, ele ressaltou a importância do mogimiriano e, então, delegado à época, em Itapira (cidade ainda chamada como Penha do Rio do Peixe), Joaquim Firmino de Araújo Cunha. Ele era a favor da abolição dos escravos e teria sido assassinado por um grupo de fazendeiros por conta de seu posicionamento abolicionista. O historiador frisou ainda que os abolicionistas chamados Joaquim Nabuco e José do Patrocínio o consideravam como o mártir da abolição.
Para escrever a obra, Patelli Filho ressaltou que foram vários anos de pesquisa, com centenas de entrevistas e variadas visitas em diversos locais, como o Museu Imperial, localizado em Petrópolis, no Rio de Janeiro, por exemplo.
A nova obra de Nelson Patelli Filho tem 280 páginas, divididas em oito partes. Dentro das partes existem os tópicos, sendo alguns: O início da escravidão no País, O início da escravidão em Mogi Mirim, Torturas e Espancamentos, Sexagenários libertados: alegrias e tristezas, Municípios pioneiros na abolição, Comunicações de fugas e óbitos, Congada, batuque e samba, Casamento de Joaquim Firmino, Abolicionistas mogimirianos na Penha do Rio do Peixe, A lápide do túmulo de Joaquim Firmino, Fazendeiros acusados contratam defensores, Dom Pedro II e o dilema da abolição e Atualidade social e econômica etc.
Questionado sobre o que pensa a respeito da situação do negro na atualidade, o escritor frisou que depois de muitas pesquisas o que pôde perceber foi o quanto a abolição não garantiu qualquer integração dessas pessoas, que estavam agora libertas, na sociedade. “Libertaram os escravos e os deixaram sem casa, sem atendimento hospitalar, sem nada, a obra também trata sobre tudo isso, os abandonaram ao léu”, pontuou.

NA CONTRACAPA

Na contracapa da obra, Nelson Patelli Filho deixa claro: “É um relato de uma raça sofrida, capturada na África e trazida pelos navios negreiros para o Brasil. Foram essas calejadas mãos escravas que deram prosperidade para o Brasil, enriquecendo os cafeicultores, barões e os coronéis, cidades e províncias, nos legando traços culturais e tradições, contribuindo para a notável miscigenação do povo brasileiro”.

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