sexta-feira, novembro 22, 2024
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Hora da Festa do Limão!

Nas últimas semanas, em algumas rodas de conversa pelo Centro da cidade ou ainda em alguns eventos, um assunto “passeou”. Mentes pensantes, em sua maioria ligadas à área comercial, discutiam sobre a dificuldade histórica de Mogi Mirim em ter a imagem ligada a uma marca principal.

A cidade já teve muita força no futebol graças ao Mogi Mirim Esporte Clube. Mas, em um país como o Brasil, se tornar “A Cidade do Futebol” seria uma missão impossível. Tanto é que isso nem existe. Temos esportistas de destaque em algumas modalidades, mas nada que tenha sido trabalhado para dar ao município a alcunha de “A Cidade do…” ou de “A Cidade da…”. Tivemos triatletas em altíssimo rendimento, mas não tivemos grandes eventos de triatlo para fomentar esta força.

Já tivemos atletas na seleção de vôlei e até em uma paralimpíada. Atualmente, Mirlene Picin leva o nome da cidade a vários mundiais. Já foi para provas de ski e agora para corridas de montanha. Só que, por mais que os resultados dela sejam lindos, não temos uma altimetria atrativa para sermos “A Capital do Kilometro Vertical”. E muito menos neve…

Da Cultura poderia sair um bom caldo. Afinal, já tivemos bandas (orquestras) famosas e a Lyra Mojimiriana é de repercussão até internacional. Mas não há nada integrado para linkar o maravilhoso trabalho do maestro Carlinhos Lima ao nome da cidade. Uma pena. Tampouco nos conectamos à força ferroviária após nascer aqui, nos idos de 1872, a Companhia Mogyana, uma das maiores do setor em toda a história. Também tivemos a Inglesinha, da Cervejaria Mogyana. Mas, de cidade produtora de cerveja, só nos sobrou história.

Tivemos muita força no cenário dos móveis de escritório, mas não houve impulsionamento para uma grande e tradicional feira, como ocorreu com Ribeirão Preto e as máquinas agrícolas, usando de exemplo a AgriShow. Nesta viagem, acabamos por voltar a uma pauta interessante e que O POPULAR encampa com convicção. Mogi Mirim está entre as cidades brasileiras que mais produzem os chamados “citros de mesa”, sendo que a principal cultura que sai daqui, do solo mogimiriano, é o limão.

E é daí que vem o burburinho de uma “Festa do Limão”. Assim como Valinhos se destaca pelo figo, Jundiaí pela uva e Holambra pelas flores, Mogi Mirim tem potencial para associar sua imagem ao limão e demais citros de mesa, como laranja, tangerina, etc. Um festival com pratos relacionados, envolvendo a comunidade agropecuária responsável pelo cultivo e venda, sem inibir a presença de quem manipula a fruta, como produtores de suco e de quitutes feitos à base destas culturas, como bolos, tortas e outras delícias.

É possível introduzir nas escolas situações ligadas ao tema, com concursos de desenho, logotipo e até slogan para a festa, gerando às crianças o conhecimento de que elas vivem em uma terra forte e fértil neste setor. O comércio como um todo poderia ser convidado a participar, enfeitando a cidade com cores de roupas e calçados ligados a estas frutas – para ficar em uma ingênua ideia – bem como a rede hoteleira seria movimentada pela presença de turistas.

O universo de possibilidades é enorme. Tão gigante quanto a área destinada ao cultivo de limão e outras frutas do gênero na nossa Mogi Mirim, que carece de uma marca destas e tem (mais uma) oportunidade de crescimento. Vamos, Mogi Mirim. Chegou a hora da Festa do Limão!

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