sábado, setembro 14, 2024
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Hospital estadual está descartado, afirma diretor regional de saúde

A questão que envolve a construção de um hospital municipal e a crise na Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim foi tema de mais debates nesta semana. Na manhã de segunda-feira, o diretor da Diretoria Regional de Saúde (DRS) de São João da Boa Vista, da qual Mogi Mirim faz parte, Benedito Westin, a convite do vereador Gerson Rossi, esteve na Câmara Municipal para prestar esclarecimentos e trazer informações sobre as questões. Ele também foi cobrado por um hospital regional e já descartou a possibilidade.

Benedito Westin esteve na Câmara Municipal na segunda-feira (Foto: Everton Zaniboni)

“No último mandato do Geraldo Alckmin, eram previstos seis hospitais estaduais e, um deles, para a nossa região. Esse projeto foi inviabilizado por questões técnicas”, revelou. Segundo Benedito, as estatísticas mostram que a evasão, ou seja, a saída de pacientes para buscar atendimentos em outra região é de 12 a 15%, número considerado baixo, o que inviabilizaria a construção de um equipamento estadual. “Apesar de não termos um hospital do Estado, a DRS sempre foi muito bem servida de estrutura”, defendeu.
O diretor evitou tomar partido para a construção de um hospital municipal em Mogi Mirim, mas deixou claro que a situação administrativa da Santa Casa é grave e que é o órgão com mais problemas na região. “O mais importante é saber como suprir a dívida monstruosa que a Santa Casa tem e como ela vai resolver isso”, adiantou.
A dívida da entidade é vista como preocupante pela secretária de Negócios Jurídicos da Prefeitura, Adriana Tavares de Oliveira Penha, e isso poderá culminar na impossibilidade de parceria com a Prefeitura após a intervenção. “A Santa Casa é inviável do ponto de vista fiscal. Sem a Certidão Negativa de Débitos (CND) não se faz nada. Então, entendemos que não há possibilidade de justificativa junto ao Tribunal de Contas, o que nos leva a crer que não há a possibilidade de firmar novos convênios. As contas de 2018 não tem a menor possibilidade de serem aprovadas”, explicou.
A DRS diz que não vê nada que impeça um hospital municipal e a Santa Casa atuando juntas. “Viabilizar dois hospitais é complicado, ao mesmo tempo que viver dependente de um só, que se diz público, mas, na hora que interessa, é privado, é ruim”, alfinetou. A Prefeitura, como gestora da saúde pública, é a responsável por definir se oferece os serviços de saúde ou se compra os serviços de um órgão particular, como acontece atualmente.

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