
Após de 30 dias de investigações, a Polícia Civil conseguiu prender, na manhã de quarta-feira, dia 2, o ajudante de pedreiro José Roberto da Silva, de 61 anos, suspeito de ser o autor dos disparos que atingiram o auxiliar de produção Marcelo Cesar Cernaglia, de 38, morador do Residencial Floresta, bairro da zona Sul do município. Segundo a polícia, o idoso confessou o assassinato. O caso ocorreu à Rua Sebastião Milano Sobrinho, no Jardim Planalto, na madrugada do dia 2 de abril, uma segunda-feira.
Cernaglia morreu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim, dois dias depois de ter sido alvejado. De acordo com a apuração da Civil, o crime teve motivação passional. No passado, o idoso e a vítima tiveram um relacionamento com a mesma mulher que, atualmente, reside no litoral. A polícia informou à reportagem que, por conta desse antigo caso amoroso, o suspeito disse sofrer ameaças pessoais de Cernaglia.

No dia 2, o idoso contou que estava na rua quando o auxiliar de produção teria “partido para cima”. Como estava armado, ele, então, atirou. Silva, natural da cidade de Espírito Santo do Pinhal, é conhecido no meio policial. Ele, que já tem uma passagem por homicídio, registrada em 1987, agora também vai responder por homicídio qualificado.
A prisão
O mandado de prisão temporária e de busca e apreensão, expedido pela 4ª Vara Criminal, foi cumprido por volta das 9h30 de quarta, na residência do idoso, localizada à Rua Sebastião Milano Sobrinho, no Planalto. A polícia chegou ao nome do suspeito com a ajuda do depoimento de testemunhas, elucidando mais um caso de homicídio registrado na cidade.
A arma, um revólver calibre 38, usada no crime teria sido emprestada, conforme alegou Silva, e não foi localizada no imóvel. A Justiça decretou a prisão por 30 dias. Depois de apresentado no plantão policial, o preso foi conduzido à Unidade de Detenção, em Itapira.
Relembre o caso
Na madrugada de segunda-feira, a Polícia Militar (PM) foi até a Rua Sebastião Milano Sobrinho para atendimento de um caso de disparo de arma de fogo e encontrou Cernaglia caído na via, atingido por três tiros, um na face, um no pescoço e outro no peito. Ao lado da vítima, estava uma bicicleta de cor azul.
Cernaglia foi socorrido, em estado grave, pela unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até a Santa Casa, onde permaneceu em observação no centro cirúrgico e foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O auxiliar morreu no dia 4 de abril.
Na segunda-feira, a perícia e o fotógrafo da Polícia Científica (PC) compareceram até o local do crime. Depois do término dos trabalhos periciais, foram liberadas uma bicicleta e duas notas de R$ 5 pertencentes à vítima. A bicicleta e as notas foram entregues a um morador da mesma rua de onde o auxiliar foi baleado.