O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o impacto de não se aprovar a Reforma da Previdência Social neste ano será de algo entre R$ 18 bilhões e R$ 19 bilhões em 2019. “São cálculos preliminares”, destacou o ministro em entrevista à rádio CBN.
Segundo ele, a Reforma da Previdência tem que ser feita e é uma “necessidade matemática”. Ele concordou que essa é uma matéria que, se não for aprovada neste ano, terá que ser apreciada no início do próximo governo. “Ela vai ter que ser feita em um determinado momento porque senão o governo quebra ao longo dos próximos anos e décadas e a Previdência também”, disse o ministro.
Ele lembrou que na Grécia a Previdência quebrou e o benefício teve que ser cortado várias vezes. “Uma tragédia e certamente isso não acontecerá no Brasil. A reforma deverá ser feita no devido tempo, viabilizando que todos brasileiros possam ter a segurança de que vão receber sua aposentadoria sem problema”, contou.
E não é apenas esse fato que pode deixar nossas contas ainda pior. Se a Reforma da Previdência não for aprovada em breve, o governo perderá a credibilidade com as agências de risco e a consequência disso seria a perda da confiança dos mercados financeiros.
O governo está tentando evitar um aumento maior de despesas. Se não conseguir empreender essa reforma, perderemos a confiança do mercado. É muito importante que possamos sinalizar ao mercado que iremos acertar nossas contas e colocar “a casa em dia”.
Para os mercados financeiros, a aprovação da Reforma da Previdência é essencial para colocar as contas públicas em ordem e manter o Brasil no caminho da recuperação econômica.
O governo vem travando verdadeira batalha na tentativa de conseguir apoio político para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados antes das eleições presidenciais, mas tem encontrado muita resistência devido ao conflito de interesses nos poderes Legislativo e Executivo.
Por Felipe Vidolin
Pós-Graduado em Engenharia
de Telecomunicações e investidor