Se você me perguntar, se é importante realizar um treinamento para o desenvolvimento ou manutenção da flexibilidade em pessoas que se encontram na terceira idade, eu responderei que é fundamental.
As articulações são muito prejudicadas com o passar da idade e podem comprometer com seriedade o bom desempenho do aparelho locomotor. Uma limitação da flexibilidade em geral possui como resultado músculos e tendões enrijecidos, diminuindo a amplitude do movimento.
Para o professor e membro pesquisador do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, Estélio Dantas, à medida que a idade aumenta, diminuem-se as angulações relacionadas à capacidade de mobilidade articular e elasticidade muscular e vice e versa. Além disso, o desuso pode contribuir para um decréscimo na amplitude de movimento de uma articulação, e limita o desempenho das atividades diárias desta faixa etária.
A flexibilidade apresenta grande relação com a qualidade de vida do ser humano, auxilia no desempenho das tarefas cotidianas e, com isso, pode determinar a autonomia desta população.
Para a manutenção da flexibilidade, é recomendado o trabalho de alongamento, ou seja, um treinamento que possui o objetivo de gerar a conservação dos níveis de flexibilidade já alcançados e proporcionar a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível.
Os alongamentos auxiliam o bem estar físico e emocional, porém, devem ser realizados com critérios para evitar lesões. Diante disso, é fundamental a orientação de um profissional de educação física habilitado, para que adapte os exercícios de forma correta e segura.
As atividades são realizadas com calma, com movimentos lentos e constantes; respeitando os limites do corpo e com interrupções ao primeiro sinal de dor; num ambiente, se possível, arejado e que não tenha piso escorregadio; com roupas leves e que não impeçam as movimentações e o mais importante, com o ritmo respiratório equilibrado. Nunca pare de movimentar-se. Movimento e qualidade de vida são inseparáveis!