domingo, abril 20, 2025
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“Indo onde quase ninguém quer ir em busca dos esquecidos pelo mundo”

Um grupo de estudantes do curso técnico de Enfermagem, acompanhados de professores da Escola Técnica Pedro Ferreira Alves, irá participar de uma missão no mês de julho, entre os dias 5 e 12. O grupo irá viajar para a 9ª missão organizada pela Organização Não Governamental (ONG) Univida, que significa Associação Humanitária Universitários em Defesa da Vida. A missão organizada pela Univida, que tem na presidência o pároco da cidade de Urânia, Eduardo Lima, visa proporcionar aos estudantes uma vivência humanitária junto de populações em risco social. No caso da missão a ser realizada em julho, na qual o grupo de Mogi Mirim fará parte, ela será no Mato Grosso do Sul, na cidade de Dourados; eles (9 estudantes selecionados na Etec e uma professora, Marcelle Costa Bernardo Teixeira Gomes) seguirão para uma reserva indígena, aldeia Jaguaripu, com possibilidade de visitar outros pontos. Essa é a primeira vez que estudantes de um curso técnico participam da ação, uma vez que a missão é destinada aos universitários. Participarão ainda universidades de outras cidades, com a presença no local de aproximadamente 300 pessoas, que ficarão alojadas em uma escola e também acampadas.
O professor coordenador do curso de Enfermagem da Etec, Cherbeu Oliveira, já participou dessa missão, em específico, por duas vezes. Ele acompanhará o grupo novamente e contou sobre a importância da presença dos grupos na aldeia. Por lá, os participantes da missão realizam atendimento médico, odontológico, procedimentos de enfermagem, etc. Podem participar estudantes de todas as áreas, sendo que podem desenvolver diversos trabalhos no local, ajudando até mesmo com recreação, por exemplo. Os estudantes também arrecadam alimentos não perecíveis, roupas e brinquedos para serem levados ao público-alvo. Os atendimentos são realizados na escola onde os integrantes da missão ficam alojados, além disso, também saem vans, organizadas pela Univida, para chegar até as comunidades mais afastadas.
O professor recordou o quanto ficou impactado com a situação dos indígenas quando chegou ao local nas duas primeiras vezes. Ele disse que é uma situação de extrema pobreza e que a comunidade aguarda ansiosamente pela chegada do grupo a cada ano. A situação emocionou o coordenador. “Eu sou formado em filosofia também e participar da missão me fez repensar sobre vários conceitos, inclusive o de vida. No primeiro ano, só chorava em perceber aquela realidade, foi um envolvimento muito grande. Tem pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza e nós reclamamos sobre muitas coisas, enquanto outros que não têm nada, tiram forças e sorriem”, frisou.
Além da Etec, participarão da missão alunos de Iturama-MG, São José do Rio Preto-SP, Fernandópolis-SP, Mogi Guaçu-SP, Paranaíba-MS, Araçatuba-SP, São João da Boa Vista-SP, Santa Fé do Sul-SP e Fernandópolis-SP.

Doações
Os interessados em participar da missão fazendo suas doações, sejam roupas, alimentos não perecíveis ou brinquedos, podem realizar a entrega na sede da Fatec, em Mogi Mirim.

A palavra do padre Eduardo Lima

“A proposição do ato concreto durante a Campanha da Fraternidade 2012, com o tema Fraternidade e Saúde Pública foi o evento deflagrador para as missões humanitárias. A entusiástica resposta dos vinte alunos de Odontologia participantes foi o incentivo necessário para ação.
Dentre as inúmeras realidades perturbadoras existentes em nosso país, a degradação social da Reserva Indígena de Dourados-MS, conhecida também como Favelão Indígena de Dourados, a mais populosa do país, com 12 mil indígenas, foi a escolhida para sediar as missões. Atualmente, contabilizamos 1500 famílias impactadas pela atuação da Univida, nas várias frentes de atuação.
Daqueles vinte universitários, hoje somam-se mais de 600 levados à experiência de humanização, de sensibilização a partir de uma prática do olhar para o homem na sua totalidade. Um olhar de particular intensidade para os mais pobres, os mais desfavorecidos e marginalizados. A Univida proporciona o processo de sair de si mesmos para pôr-se nessa profunda atenção da realidade”, frisou, no site da ONG, o padre Eduardo Lima, presidente da Univida.

Crédito das Imagens: Facebook Univida

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