Canadá, Estados Unidos, Austrália… Esses são os principais destinos escolhidos pelos estudantes que sonham fazer intercâmbio estudantil. Hoje essa prática é muito comum para estudantes que procuram familiarização com diferentes idiomas, novas culturas e experiências no exterior.
O conceito do intercâmbio surgiu após a Primeira Guerra Mundial, quando os soldados americanos, que se voluntariavam como motoristas na França perceberam que o contato direto com diferentes culturas propiciava uma visão mais completa de aprendizado.
A partir disso, a idéia passou por modificações e hoje é algo comum no mundo todo. No Brasil o desejo não é diferente. O guaçuano, Tales Augusto Santon é aluno de intercâmbio. Atualmente mora em Dublin, na Irlanda, e conta que sua rotina de estudos é diária. “Estudo três horas e meia por dia, e no curso há pessoas de diversas partes do mundo. Quando cheguei, sabia apenas o básico do Inglês. Hoje, um ano depois, já me comunico e até trabalho. Penso em ampliar meus horizontes. Itália talvez seja minha próxima parada”, contou.
Para os interessados, não há uma média fixa de investimento, já que o período, as acomodações e principalmente, o valor da moeda do país escolhido, são peças fundamentais para o orçamento final.
Regina Madruga é gerente de marketing de uma agência de intercâmbio de Mogi Mirim, e conta que a procura tem crescido nos últimos anos. “Vários alunos possuem o sonho de estudar em outro país, mas às vezes a falta de conhecimento sobre o tema faz com que eles desistam, por isso estamos aí, para facilitar esse sonho”.
Regina explica que há diversas modalidades de intercâmbio. “Há quem queira somente estudar, nesse caso aconselhamos uma cidade mais interiorana, por ter menor quantidade de brasileiros, mas há quem queira estudar e conhecer cidades famosas. Tudo se adequa às preferências do estudante”, comentou.
Calculando
Baseando-se em um período de quatro semanas, um intercâmbio em uma escola no Canadá, poderá ter o custo de aproximadamente R$ 4 mil, em que está inserido o Seguro Saúde Estudantil, o curso a ser realizado e as acomodações, que geralmente são realizadas em casas de famílias inscritas no processo seletivo da instituição de ensino.
Assim que chega à escola, o aluno passa por uma avaliação de nível, e a partir daí, inicia seu aprendizado. “Fica a critério do aluno a emissão do visto e do passaporte, além da compra da passagem aérea e da moeda estrangeira, que podem ser auxiliados pela agência”, explicou Regina.
Tales conta que investiu aproximadamente R$ 18 mil para fazer seu curso na Irlanda, por um período de um ano. “No meu caso foram seis meses de estudo e mais seis meses em que posso trabalhar legalmente. Já recuperei o dinheiro gasto com a viagem. Aqui as coisas não são tão fáceis, porém passei por experiências e lugares que jamais conheceria se estivesse aí, finalizou.