A Prefeitura de Mogi Mirim não pretende seguir como interventora da Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim. Esta é a afirmação da Administração Municipal feita esta semana ao O POPULAR.
A intervenção judicial, que tem a Prefeitura como interventora desde 2019, encerra-se no dia 26 de maio. E deve ser mantida por mais um ano, pelo menos.
A Prefeitura sugere que a Santa Casa continue sob a direção de um interventor, mas de outra entidade. A sugestão da Administração vai propor à Justiça que o Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS) seja o novo interventor do hospital.
O INCS é uma associação criada em Sorocaba sem fins econômicos de direito privado com experiência em gestão hospitalar.
O prefeito Paulo Silva (PDT) ressaltou ao O POPULAR que se não houvesse a intervenção, a Santa Casa estaria fechada por conta de sua grande dívida. Segundo a vereadora e primeira dama Luzia Cristina (PDT), a dívida do hospital ultrapassa a casa dos R$ 50 milhões.
A secretária de Saúde, Clara Carvalho, avaliou que o último um ano e meio foi muito difícil devido à pandemia da Covid-19 e ao encarecimento e a falta dos produtos hospitalares.
“Manter a Santa Casa é extremamente caro para a Prefeitura, mesmo com a vinda das verbas estaduais e federais. Isso porque, nos dias de hoje, os valores de tudo o que se compra dos serviços hospitalares são em dólar”, ressaltou a secretária.
Com recursos municipais, estaduais e federais, a Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim recebeu um montante de R$ 47.894.828,59 em 2021 e em 2022, até os dias de hoje, foram repassados R$14.686.262,22.
Com a Prefeitura fora, esses recursos continuarão sendo usados em diversos convênios com a própria Santa Casa, como sempre ocorreu, informa a assessoria de imprensa. A Prefeitura é responsável por subsidiar boa parcela das despesas da Santa Casa.
Atualmente, a Santa Casa conta com 473 funcionários contratados pela Irmandade e pagos por meio da Interventora.