sábado, novembro 23, 2024
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Investimento em Renda Fixa na coluna de Thais Silva

No artigo do dia 4 de janeiro , falei de investimento em renda variável e expliquei, brevemente, o porquê devemos arriscar um pouco mais em 2019, quando se trata de aplicações financeiras. Apesar disso, creio que muito dos leitores e/ou investidores têm um perfil mais conservador e preferem, ainda, colocar grande parte de suas reservas em aplicações com maior segurança, como em renda fixa.

Como já foi dito anteriormente, especialistas têm grandes expectativas para o ano que se inicia, principalmente pela promessa de reforma da previdência (que é fundamental para que o cenário continue otimista) e também pela permanência de juros baixos, já que se espera que a Taxa Selic (taxa básica da economia) se mantenha em um dos menores patamares da história ao longo do ano.

Alguns leitores podem estar se perguntando: como é possível que eu tenha bons investimentos em renda fixa, se a Taxa Selic está baixa? Pois bem, com a queda dos juros os retornos de aplicações mais tradicionais como a caderneta de poupança (queridinha entre os brasileiros), por exemplo, não serão muito atrativos, visto que são diretamente influenciados pela Selic. Porém, é possível que se tenha retornos satisfatórios investindo em renda fixa, sim, mas pra isso será necessário correr um pouco mais de risco.

Como assim risco nessa modalidade? Quando colocamos nosso dinheiro em qualquer que seja o ativo, ele está correndo um ou mais tipos de riscos (possibilidade de algo não sair como o esperado). Dois dos mais comumente encontrados são: mercado e crédito. O risco de mercado está relacionado com oscilações nos valores dos ativos e, consequentemente, desvalorização do papel, já o de crédito, é o risco de não recebimento do principal e/ou dos juros acordados.

Existe no mercado (bancos, corretoras/distribuidoras…) uma grande oferta de produtos de renda fixa em que podemos investir nossas reservas. Alguns exemplos são: CDB (Certificado de Depósito Bancário), Debênture, CRI/CRA (Certificado de Recebível Imobiliário/Agronegócio), LCI/LCA (Letra de Crédito Imobiliário/do Agronegócio), entre muitas outras.

Todos os produtos citados acima possuem risco de mercado e crédito. Porém, o que é necessário que você saiba é que correr esse risco não é de todo ruim, pois quanto maior a possibilidade de que algo não saia como o planejado, a rentabilidade oferecida como recompensa será maior (na maioria dos casos).

Alguns dos ativos descritos acima, como CDB, LCI e LCA, possuem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garantindo até 250 mil por CPF, por instituição financeira. Já o LCI, LCA, CRI e CRA garantem isenção de Imposto de Renda (IR) para investidores Pessoa Física (PF). As debêntures podem ter algumas garantias, como: real, flutuante, subordinada, e etc.. Outro aspecto a se observar ao adquirir uma debênture é se possui o cross default (padrão cruzado) em sua escritura. Não se preocupe com os termos desconhecidos, pois falarei mais sobre esse tema dentre em breve.

É importante também, principalmente para quem tem perfil conservador, a diversificação, pois nossos pais já diziam: não é prudente colocar todos os ovos na mesma cesta. Antes de tomar a decisão de qual investimento escolher, procure um profissional de sua confiança.

Por Thais Afonso Silva – Formada em Administração – CPA-10
[email protected]

 

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