Com direito a gol do título do zagueiro homenageado pela Liga de Futebol Amador de Mogi Mirim (Lifamm) com o nome da competição, a Pedreira sagrou-se bicampeã da Copa Carlos Alberto de Oliveira “Capone” ao vencer nos pênaltis a Vila Dias por 3 a 2. A decisão envolvendo dois times com estrelas foi no domingo, no Tucurão, e registrou empate em 0 a 0 no tempo normal. O jogo foi truncado, com predomínio da marcação sobre a criatividade dos dois times. A Pedreira buscou mais o gol, impondo o jogo, especialmente na segunda etapa, mas sem sucesso. A Vila Dias chegou mais na primeira etapa.
Duas expulsões foram registradas, após jogadores receberem o segundo cartão amarelo: Lélis, da Vila Dias, aos 23 minutos por derrubar Leto em jogada de velocidade e Nilson, da Pedreira, aos 39 após cometer uma falta.
A disputa de pênaltis começou melhor para a Vila Dias, mas a Pedreira conseguiu impor uma reviravolta. Rogerinho abriu o placar para a Vila cobrando no canto direito do goleiro Edinho. Wagninho acertou o travessão.
Na sequência, a Vila desperdiçou uma cobrança, com Reginaldo batendo para fora. A Pedreira errou sua segunda cobrança, com Banga chutando à direita de Marcelo Cruz, que acabou se contundindo. A Vila queria colocar o goleiro reserva Renato, mas foi impedida em função de não poder ser feita substituição nos pênaltis. Assim, um jogador de linha teria que ir para o gol. Porém, Marcelo Cruz seguiu no sacrifício. A Vila desperdiçou outra cobrança com Júlio César, artilheiro da competição, com 19 gols, que chutou por cima do gol. Cabritinho empatou cobrando no canto direito de Marcelo Cruz. O goleiro Edinho defendeu o chute de Ademir Negão. Leto colocou a Pedreira na frente, batendo no ângulo esquerdo de Marcelo Cruz. A Vila empatou com Marcos Crispim, no canto esquerdo do goleiro. Curiosamente, o gol do título foi marcado por Capone, que chutou no canto esquerdo do arqueiro. “Foi especial para o campeonato, você sendo homenageado, foi muito legal, gratificante”, comemorou Capone.
Campanha
Antes da final, a Pedreira havia vencido todos os jogos do campeonato. Na primeira fase, foi líder. Nas semifinais, havia eliminado o Clube Mogiano com vitórias por 2 a 0 e 2 a 1. Nas quartas, eliminou o Café Lan House com vitória por 5 a 0. No geral, a Pedreira fez 36 gols e sofreu quatro. A Vila terminou com o ataque mais positivo, com 46 gols. O artilheiro da Pedreira foi Vê, com oito gols.
O meia Juninho Polenta sagrou-se tetracampeão, pois já havia vencido com o Clube Mogiano em 2012 e Condor em 2011. Para Polenta, o título de domingo foi o mais gostoso pelas dificuldades. O meia criticou o regulamento por não dar vantagem à Pedreira, time de melhor campanha. “Foi o mais tenso”, afirmou, considerando que é sempre campeão por estar no time certo. “Faço sempre uma boa escolha”, declarou.
Conjunto e equilíbrio emocional valorizados
Craque da Pedreira, o meia-atacante Leto classificou o quesito emocional como decisivo para o time conseguir a virada nos pênaltis. “Ter equilíbrio foi fundamental”, valorizou.
O goleiro Edinho admitiu que estava motivado também pelos comentários de que a Vila Dias levava vantagem nos pênaltis por ter Marcelo Cruz. “Eu procuro me espelhar nele, que é gente boa, humilde”, elogiou. “Foi especial, Dia dos Pais, bicampeão e defesa do título”, comemorou.
O técnico da Pedreira, João Banana, destacou a importância de Edinho, que defendeu um pênalti e simbolizou a força do grupo, pois jogou na segunda etapa, enquanto o primeiro tempo teve Valdir. Ambos foram os dois goleiros menos vazados, com dois sofridos cada. “Jogadores ganham jogos, uma equipe ganha títulos, um confia no outro”, ressaltou Banana.
O técnico da Vila Dias, Marquinho, lamentou o revés. “Pênalti é loteria, perdemos, mas vamos fazer o quê? Futebol a cada dia a gente aprende mais”, comentou.
Com uma visão diferente, o volante Rogerinho, da Vila Dias, considerou o resultado justo, pois a Pedreira soube bater melhor as penalidades. “Pênalti é competência do batedor, faltou concentração, senti o título na mão, estivemos na frente duas vezes. Saio decepcionado”, lamentou.
