Depois de ser provocado e discutir com alguns torcedores após a partida em casa diante do Vitória, no sábado, o presidente do Mogi Mirim, Rivaldo Ferreira, ainda irritado, enquanto deixava a área das cadeiras cativas rumo ao vestiário, falou na possibilidade de colocar os ingressos aos preços de R$ 100 e R$ 50, a meia-entrada.
“Eu quero ver se vão pagar R$ 100 ou R$ 50, quero ver se (os torcedores) têm amor como eu tenho pelo Mogi Mirim. Eu vou fazer o máximo que eu puder. Quem tem amor, vai tirar e vai dar”, disparou, enquanto descia as escadas do setor onde fica seu camarote.
Questionado por O POPULAR se pretendia realmente colocar o ingresso a R$ 100, Rivaldo disse que não sabia se faria isso realmente porque naquele momento estava nervoso.
O dirigente disse que sua insatisfação não era com toda torcida, mas não tinha como saber exatamente quem são os torcedores que o ofendem. Assim, havia a possibilidade de todos terem que pagar mais caro. “Talvez eu não faça isso porque gosto de ajudar o povo”, afirmou em referência à promoção que beneficiou entidades assistenciais e pode ser repetida.
Rivaldo reclamou da cidade não valorizar o sacrifício que faz pelo clube e alerta que poderia ir embora para São Paulo. “Você vai ouvir um dia, pode marcar: Rivaldo vai fazer falta pro Mogi. O dia que isso aqui fechar, aí vão sentir falta do Rivaldo”, comentou, entendendo que merecia mais reconhecimento. “No Centro da cidade era para ter uma estátua minha”, disparou, enquanto caminhava.
Rivaldo ainda revelou irritação com o fato de a Mancha Vermelha estar atrás do banco de reservas fazendo manifestações e depois do gol de empate, mudar do local, classificando como sacanagem a atitude. “Depois que empatou saíram de lá, por que isso?”, questionou.
Durante o jogo, torcedores haviam criticado também o centroavante filho de Rivaldo, com gritos de “Fora Rivaldinho”. No ambiente tenso em que foi provocado por alguns torcedores, Rivaldo também foi procurado por outros para tirar fotografias.
Discussão
Rivaldo discutiu de seu camarote com torcedores que estavam próximos ao alambrado, reagindo após provocações vindas da torcida em sua direção. Uma torcedora defendeu o dirigente desafiando os críticos a tomarem conta do clube.
O presidente do Sapo ficou especialmente irritado por manifestações contrárias terem ocorrido no jogo em que fez uma promoção para atrair torcedores.
Com a promoção de troca de leite e alimentos por ingressos, o jogo teve 1.313 pagantes. Antes, com ingressos a R$ 20 e meia-entrada de R$ 10, o maior público do Mogi na competição havia sido na estreia, contra o Criciúma, de 865 pagantes.