quinta-feira, março 6, 2025
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J Winners confirma filiação e presença na edição 2020

A resolução de 11 de setembro também cria um cenário de possibilidades de surgimento de novos clubes filiados em todo o estado. Na região, o caso mais evidente é do J Winners Esporte Clube. De acordo com o empresário Jaime Marcelo Conceição, dono da empresa, restam apenas detalhes burocráticos para a filiação ser consumada.

Ele afirmou a O POPULAR que a resolução foi importante para dar andamento ao projeto. Isso porque já havia o plano de filiar a equipe na Federação mesmo nos moldes antigos, com a intenção de jogar a Bezinha. Agora, o plano é atuar apenas nas competições de base. Seguindo os termos instituídos na resolução e a tabela de preços da entidade para 2019, a taxa de filiação, que seria de R$ 800 mil, caiu para R$ 160 mil. E o valor ainda foi parcelado em 10 vezes. O J Winners terá sede em Mogi Mirim e a intenção de Jaime é mandar as partidas no estádio Vail Chaves. Inicialmente, a ideia é de inserção do clube nas categorias sub15, sub17 e sub20.

Na resolução, a FPF deixa claro que os novos clubes filiados poderão pagar 20% da maior taxa de filiação vigente. Há ainda outros requisitos, que vão desde a apresentação de documentos que tratem sobre a empresa ou clube em si e indo até o cumprimento das mesmas obrigações dos demais filiados. Uma diferença importante é que, em um de seus artigos, a resolução proíbe o clube que opte pela Filiação Especial de Base de participar da categoria profissional.

Jaime é empresário de vários ramos e atua no futebol há mais de 10 anos. Nesta temporada, ocupou a função de gestor do Mogi Mirim e foi um dos responsáveis pela liberação do estádio Vail Chaves para jogos e alojamento e da inscrição do clube na São Paulo Cup, competição profissional não-oficial, organizada por uma empresa chamada Global Scouting Football, que recolocou o clube em atividade.

No mês passado, ele anunciou a saída do Mogi, que passou a ter o futebol sob responsabilidade do também empresário Marcelo Galático. Assim, dentro de um acordo de gestão terceirizada, assinado em maio do ano passado, o Sapo chegou ao quarto grupo gestor. Empresas que, segundo esta resolução, podem caminhar com as próprias pernas a partir de 2020.

A BTS (Brazil Top Skills) é um exemplo. Com origem em Hong Kong e presidida por Eder Ferreira, ex-jogador do Mogi Mirim, a empresa já chegou a cuidar da base do Mogi Mirim, entre 2016 e 2017. Hoje, atua de forma independente, com treinos no Ilha Clube, em Mogi Guaçu e inserção de atletas em outras agremiações, como o Catanduva. Eder não quis comentar sobre a resolução, mas afirmou que o tema será colocado em pauta em uma conversa com advogados.

Outra situação que poderia resultar em um novo clube na cidade é a Head Soccer. Com origem em Valinhos e comandada pelo colombiano Juan Isaza, a empresa chegou a administrar o futebol da Esportiva Itapirense, entre 2018 e o começo de 2019. Era uma ação conjunta com a AIRC Sports, do empresário Aparecido Inácio, o Cidão, que segue à frente da Vermelhinha.

Em meio a este rompimento, a Head Soccer iniciou a construção de um centro de treinamento às margens da Rodovia SP-147, ao lado do SP Motel. O projeto tinha como intenção servir de espaço para as categorias de base e profissional da Esportiva. Com o rompimento, o plano seguiu e a área chegou até a receber um serviço de terraplanagem, em fevereiro deste ano. Semanas depois do início das obras, o grupo assumiu o futebol do XV de Jaú e disputou a Segunda Divisão do Paulista. O plano agora é se manter em Jaú e já há conversas para que a Head Soccer assuma a diretoria executiva e os conselhos fiscal e deliberativo.

Porém, sem nada oficial com o XV de Jaú, Careca Paiva, diretor da Head Soccer, não descarta a possibilidade de dar sequência às obras da área na SP-147 e a Head Soccer disputar campeonatos por Mogi Mirim. “No momento a ideia é vender aquela área, mas não dá para descartar nada”, afirmou. O dirigente explicou ainda que o projeto inicial, orçado em cerca de R$ 5 milhões, visava a construção de um campo principal com capacidade para 500 torcedores.

Porém, com a resolução da FPF, em caso de reviravolta em Jaú, o projeto pode ser repensado, com ampliação para 1.500 lugares, obedecendo, assim, o mínimo exigido pela Federação para clubes que jogarão exclusivamente na base. O projeto ainda visava a construção de quatro campos oficiais, sendo dois com a metragem de 110m x 80m e outros dois com 110m x 70m. Ainda seria formado um outro campo menor, para trabalho técnico, com 45m x 25m. O espaço contaria com alojamento para até 80 atletas, além de funcionar como uma espécie de hotel, com espaço para treinos para delegações que venham atuar contra os clubes da região, bem como, para fazer toda uma pré-temporada.

A agitação gerada por esta decisão da FPF pode movimentar ainda outros clubes-empresa da região, como o Mogi Guaçu Esporte Clube, que neste ano serviu atletas para os times sub15 e sub17 da Esportiva Itapirense no Paulista e o Independente, também de Mogi Guaçu, que está na final da São Paulo Cup. O time mantém parceria com a empresa DS Sports, que tem origem em Atibaia, mas mantém um Centro de Treinamento em Bom Jesus dos Perdões, cidade em que o Galo manda as partidas.

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