Luis Otavio Bueno de Toledo
A natureza é extremamente sábia, disso ninguém duvida. E foi justamente enquanto observava a minha cachorrinha de três meses tomar sol pela manhã, que ocorreu a ideia desse artigo, pois muitas pessoas, independentemente da faixa etária, ficam cada vez menos tempo expostas ao sol.
Felizmente não é meu caso, mas será que não é o seu? Nosso cotidiano tende a dificultar o contato com o sol, pois grande parte dos trabalhos ocorrem em ambientes fechados, algo que também acontece na locomoção, tendo em vista que cada vez mais fazemos uso de veículos com tetos e janelas (andar a pé ou de bicicleta são ótimas opções para se locomover, ao mesmo tempo que se exercita e tem contato com o sol) e até mesmo no momento de se exercitar, pois muitas pessoas frequentam academias ou estúdios que se situam em ambientes fechados, algo que também ocorre em vários ginásios de escolas.
Certamente que nenhum excesso faz bem, conforme já havia escrito em outras oportunidades, por isso o contato extremo com o a estrela mais próxima do nosso planeta, ou a ausência de contato, não são saudáveis. Especialistas recomendam que 15 a 20 minutos diários de exposição ao sol já são suficientes para termos benefícios, em especial relacionados à redução de depressão e aos ossos, pois a luz solar é importante para que sintetizamos vitamina D, a qual é essencial para os ossos (hoje em dia é muito comum ingerir tal vitamina através de fármacos, algo que poderia ser evitado).
Claro que pessoas que já tiveram problemas relacionados ao sol e/ou orientação médica que proíbe a exposição não se encaixam nos minutos recomendados, mas aos que não têm restrição, vale a dica: tenha contato com o sol. Se você costuma caminhar ou correr em esteira, destine um tempinho para fazer a atividade em ambiente externo, o mesmo vale para os que pedalam em bikes ergométricas.
Se você pratica alguma atividade exclusivamente indoor, procure alternativas para ter contato com o sol, nem que seja a realização de aquecimento (precedente à atividade) ou se deslocar a pé até algum ponto que não seja necessário ir de carro.
As alternativas são inúmeras, basta um pouco de boa vontade!
Aos pais, estejam atentos em relação aos hábitos dos filhos, pois o aumento do uso de vídeogames, celulares, computadores, tablets e afins faz com que o contato com a luz solar também seja reduzido. Basta comparar com as antigas gerações que brincavam na rua, ao ar livre, subindo em árvores… Qual delas tende a ser mais saudável?
Se surgiu um tempo livre, que tal aproveitá-lo em contato com a natureza? Seu corpo, mente e saúde agradecem.
Personal trainer graduado pela USP (bacharel em Esporte graduado em 2012 – trabalhou na área fitness do Clube Paineiras do Morumby em São Paulo e no Clube Mogiano, em Mogi Mirim)
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