Você sabia que, no último domingo de janeiro, o Brasil dedica a data ao Dia Mundial da Luta contra a Hanseníase? Pois é, a doença é considerada, por muita gente, como erradicada e esta não é uma verdade. Por este motivo é que a campanha ‘Janeiro Roxo’ foca em combater este mal, orientando a população sobre meios de prevenção.
Em Mogi Mirim, entre 2010 e 2022, foram registrados 28 casos de hanseníase na Rede de Atenção Básica de Saúde. Por isso, a Secretaria de Saúde da cidade também participa das ações. De acordo com gerente da Vigilância em Saúde (VS) do município, Vivian Delalibera Custódio, as atividades visam, principalmente, lembrar da importância do diagnóstico precoce e os tratamentos oferecidos, gratuitamente, pelo SUS (Sistema Único de Saúde) contra a hanseníase.
“Também focamos no combate ao preconceito contra o portador dessa doença”, acrescenta Vivian. Ela explica que, quanto antes a hanseníase for diagnosticada, mais rápida será a cura, estabelecendo-se medidas clínicas para o tratamento, essenciais na prevenção das incapacidades físicas geradas pela doença, assim como da vigilância dos contatos domiciliares e sociais.
A hanseníase, anteriormente conhecida por lepra, teve seu nome alterado no Brasil no ano de 1976. Essa mudança ocorreu com a finalidade de reduzir o preconceito em torno da doença que, por muitos anos, teve seus pacientes sofrendo rejeição e exclusão social, inclusive com internação compulsória.
A doença, que atinge homens e mulheres em igual proporção e idades, afeta principalmente pele e nervos periféricos (superficiais). Vivian revela que diversas ações de conscientização são realizadas durante o mês de janeiro em Mogi Mirim, assim como em todo o país, chamando a atenção para os sinais e sintomas da hanseníase e alertando para a importância do dia gnóstico precoce, com o objetivo de evitar sequelas graves.
Nas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) e PSF’s (Programa de Saúde da Família) locais são realizadas algumas ações voltadas para população em geral, sempre focando nas áreas de maior vulnerabilidade, por meio de panfletagem e busca ativa de casos. Nesse trabalho, é fundamental a ação dos agentes comunitários de Saúde.